Imagens De Orbitais Em Livros Didáticos De Química Geral No Século Xx: Uma Análise Semiótica

Abstract

Este trabalho visa investigar como as imagens relativas ao conceito de orbital foram apresentadas por livros de Química Geral voltados para o Ensino Superior ao longo do século XX, especialmente no que diz respeito a aspectos ontológicos e epistemológicos transmitidos por elas. As imagens presentes em 26 livros utilizados no Brasil foram analisadas de acordo com a semiótica peirceana, a fim de avaliar: qual a natureza do orbital; qual a relação entre representação e objeto representado; quais aspectos do objeto são destacados por meio da representação; quais as restrições e potencialidades da representação. Observa-se que essas imagens são entendidas pelos livros, majoritariamente, como representações da densidade de probabilidade máxima e identificadas, principalmente, por superfícies limites, as quais apresentam os orbitais como possuindo tamanhos, formas e natureza direcional bem definidas. Não há, na maioria dos livros, suficientes esclarecimentos sobre o significado de tais imagens, especialmente em relação: ao objeto do qual a representação toma lugar; como as imagens foram produzidas; quais aspectos a representação destaca do objeto; e quais as semelhanças e diferenças entre as diversas imagens relacionadas aos orbitais. As dificuldades para o ensino, decorrentes dos resultados aqui apresentados, podem ser superadas por meio da discussão explícita sobre o manejo e a compreensão das representações, fomentada, por exemplo, pela semiótica peirceana.

Análise dos roteiros de atividades experimentais nos livros didáticos de Química: um estudo das representações e dos níveis do pensamento químico

“…Diante do exposto, é fato que o estudo das representações no ensino de química tem sido de preocupação para a área (SOUZA; PORTO, 2011;CANCIAN;RAMOS, 2019;ROZENTALSKI;PORTO, 2015). Desse modo, esta pesquisa visa caracterizar as representações contidas nas atividades experimentais presentes nos LDs de química para o Ensino Médio aprovados pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) de 2018.…”

Análise semiótica peirceana da literacia visual química/bioquímica de estudantes do ensino superior

“…São estes:(questão 1) o reconhecimento do sítio ativo da enzima, a especificidade entre enzima e substrato e o retorno da enzima à sua conformação original após conversão do substrato em produto; (questão 2) percepção da atuação da enzima na promoção de uma nova energia de ativação, menor que a inicial;(questão 3) a percepção do modelo do ajuste induzido, o ajuste da enzima ao substrato durante a reação, a formação do produto e o retorno da enzima à sua configuração inicial.A exploração do material foi a etapa em que as decisões tomadas na préanálise foram realizadas e os documentos necessários à pesquisa foram selecionados para a investigação. Nesta fase, no questionário de múltipla escolha, realizamos a classificação de desempenho dos estudantes de acordo com o número de acertos em cada modalidade de questão (primeiridade, secundidade ou terceiridade), considerando que segundoPeirce (1972), todos os fenômenos da Natureza são redutíveis às três categorias acima, embora não sejam independentes: a secundidade requer a primeiridade, enquanto a terceiridade realiza a união entre a primeiridade e a secundidade, ou seja, um signo, constituído em nível de terceiridade, apresentará, ainda que em diferentes graus, aspectos de primeiridade e secundidade, dado que essas categorias constituem a compreensão e a tradução de um fenômeno em signo(Rozentalski, Porto, 2015).Nas questões dissertativas a classificação na tríade Peirceana foi realizada a partir da comparação com a resposta esperada e os pontos relevantes presentes ou ausentes nos resultados apresentados pelos alunos. No tratamento, inferência e interpretação dos dados foi organizada a tabela com o número de acertos, erros e abstenções de respostas para o questionário de múltipla escolha, a análise das imagens utilizadas em consonância com o referencial teórico adotado, discussão sobre a efetividade das classificações elaboradas durante a pesquisa e o auxílio dos vídeos à compreensão dos estudantes sobre os mecanismos das reações enzimáticas.…”