Ilê Aiyê in Brazil and the Reinvention of Africa

Afolabi, Niyi

doi:10.1007/978-1-137-59870-7

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“…O bairro da Liberdade (Figura 1) conta com a maior população negra do país, com mais de 600 mil habitantes (Silva, 2016). O local concentrava um grande número de quilombos no período que antecedeu a abolição da escravatura, em 1988 (Afolabi, 2016). O território da Liberdade é conhecido por suas expressões culturais de origem africana, sendo considerado um local de vanguarda da negritude (Afolabi, 2016).…”

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“…O local concentrava um grande número de quilombos no período que antecedeu a abolição da escravatura, em 1988 (Afolabi, 2016). O território da Liberdade é conhecido por suas expressões culturais de origem africana, sendo considerado um local de vanguarda da negritude (Afolabi, 2016). Fundado por Antônio Carlos dos Santos, conhecido como Vovô do Ilê, juntamente com Apolônio de Jesus e outros, o Ilê surgiu com um discurso baseado na autoafirmação através de representações culturais africanas (Silva, 2016).…”

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“…O bloco, localizado na ladeira do Curuzu, buscava a inclusão do negro marginalizado no carnaval baiano (Ilê Aiyê, 2020). Politicamente representativo, o bloco se destacou em um cenário no qual o negro não se posicionava e foi a primeira instituição brasileira a enaltecer a identidade negra (Afolabi, 2016). O Ilê Aiyê é conhecido por seus empreendimentos culturais inovadores, destacando-se entre eles a criação do ritmo musical denominado samba afro, a indumentária do bloco, a festa da Noite da Beleza Negra e a Escola Mãe Hilda.…”

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“…Através do surgimento do Ilê Aiyê, aspectos culturais da cultura negra passaram a ser enaltecidos, como a estética, religião e música, gerando uma identidade compartilhada dentro da comunidade. Diante disso, a comunidade passa a possuir uma identidade única e marcante (Afolabi, 2016).…”

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“…Em seus primórdios (1974), a sede do bloco funcionava no mesmo espaço do terreiro Ilê Axé Jitolu, comandando por Mãe Hilda Jitolú (Afolabi, 2016). Desde 2003, a associação conta com uma sede, localizada na Rua do Curuzu, na Liberdade, território de atuação do bloco.…”

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territorialidade do empreendedorismo cultural

Neves

Davel

2022

Rev. Adm. Soc. Inov.

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Estudos sobre empreendedorismo têm se conectado cada vez mais com territórios como bairros, cidades e países. Entretanto, as discussões sobre as relações entre empreendedorismo e territorialidade se apresentam de forma escassa. Quando tratamos de empreendedorismo cultural e territorialidade, as pesquisas praticamente inexistem. É preciso discutir tais relações, pois o empreendedorismo cultural requer a interação entre experiências vividas e crenças pessoais com uma localidade. Diante disso, se faz necessário a adoção de uma perspectiva capaz de compreender as particularidades da relação entre empreendedorismo e territorialidade. O objetivo desta pesquisa é identificar, descrever, categorizar e discutir a influência da identidade territorial na dinâmica do empreendedorismo cultural. A pesquisa é teórico-empírica, baseada em uma etnografia audiovisual. Os resultados da pesquisa fornecem uma perspectiva teórica para repensar o empreendedorismo cultural a partir da relevância da territorialidade, destacando suas dimensões identitárias e experienciais.

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