Abstract:exemplo. Nós fomos caminhando, com pesquisas em comunidades pobres, em periferias, sempre voltados à realidade social da maioria da população brasileira.
“…Essa compreensão distinguia-se da concepção de "tecnologia social" também defendida na década de 1980, baseada na "utilização dos achados científicos das Ciências Sociais a fim de resolver problemas sociais" (Rodrigues, 1985, p. 19). A concepção de tecnologia social mantinha a separação entre teoria e práticapesquisa básica, ciência neutra que procura relações nãoaleatórias entre variáveis; tecnologia social, aplicação dos achados científicos -e, segundo Codo (1985), na crítica à Jacobo Varela, "constitui uma autêntica 'receita' para resolver problemas sociais" (p. 21), promovendo ajustamento e adaptação do comportamento.…”
Section: A Crítica Na Emergência Da Crise Da Psicologia Social Brasilunclassified
O objetivo do artigo é refletir sobre a relação entre crítica, política e psicologia social através da análise de duas concepções teóricas-conscientização, consciência política-, referentes à noção de mudança social e do lugar da ação intelectual, construídas na psicologia social brasileira a partir da "crise" deste campo de conhecimento e da proposição de deslocamentos teóricos nestas concepções. A crítica é entendida como uma prática que torna visível modos distintos de articular ciência e política, a política como vinculada à dimensão do político e a psicologia social como um campo do conhecimento constituído na disputa entre modos de representação da realidade. A discussão contribui para a retomada da noção de hegemonia na psicologia social brasileira em uma perspectiva não essencialista, fundamentada em trabalhos de Ernesto Laclau e de Chantal Mouffe, possibilitando repensar a noção de mudança social e o lugar da ação intelectual na luta política na atualidade.
“…Essa compreensão distinguia-se da concepção de "tecnologia social" também defendida na década de 1980, baseada na "utilização dos achados científicos das Ciências Sociais a fim de resolver problemas sociais" (Rodrigues, 1985, p. 19). A concepção de tecnologia social mantinha a separação entre teoria e práticapesquisa básica, ciência neutra que procura relações nãoaleatórias entre variáveis; tecnologia social, aplicação dos achados científicos -e, segundo Codo (1985), na crítica à Jacobo Varela, "constitui uma autêntica 'receita' para resolver problemas sociais" (p. 21), promovendo ajustamento e adaptação do comportamento.…”
Section: A Crítica Na Emergência Da Crise Da Psicologia Social Brasilunclassified
O objetivo do artigo é refletir sobre a relação entre crítica, política e psicologia social através da análise de duas concepções teóricas-conscientização, consciência política-, referentes à noção de mudança social e do lugar da ação intelectual, construídas na psicologia social brasileira a partir da "crise" deste campo de conhecimento e da proposição de deslocamentos teóricos nestas concepções. A crítica é entendida como uma prática que torna visível modos distintos de articular ciência e política, a política como vinculada à dimensão do político e a psicologia social como um campo do conhecimento constituído na disputa entre modos de representação da realidade. A discussão contribui para a retomada da noção de hegemonia na psicologia social brasileira em uma perspectiva não essencialista, fundamentada em trabalhos de Ernesto Laclau e de Chantal Mouffe, possibilitando repensar a noção de mudança social e o lugar da ação intelectual na luta política na atualidade.
Diversos autores falam de ao menos duas versões da Psicologia social: uma anterior e outra posterior à crise de referência que assolou essa área do conhecimento na década de 70. A primeira tinha uma base positivista, já a segunda se caracterizava por defender uma ciência comprometida com a transformação social. Em geral, esses textos narram a história da Psicologia social destacando personagens, acontecimentos e ideários. Neste artigo, seguindo a proposta da teoria ator-rede, acrescentamos novos elementos a essa história e falamos dos atores humanos e não humanos, das materialidades e socialidades, que contribuíram para construir a Psicologia social brasileira. Concluímos o texto argumentando que a crise de referência não eliminou por completo a Psicologia social positivista, substituiu-a por uma vertente crítica, pois, ainda hoje, ambas coexistem. Argumentamos, portanto, que a Psicologia social brasileira é complexa, e que essa complexidade não cabe na tênue linha do tempo que muitas vezes traçamos para representar o desenvolvimento de disciplinas acadêmicas.
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