Identificação parasitológica da cama de frango reutilizada em uma granja avícola

Abstract

Objetivou-se avaliar a carga parasitária da cama de frango de uma granja avícola localizada no município de Paço do Lumiar-MA. Foram coletadas 50 amostras de cama de frango de 10 galpões. Essa cama já havia sido utilizada seis vezes nos lotes anteriores. Para as análises parasitológicas foram utilizados os métodos de Sedimentação Espontânea, Método de Sheather, Esporulação para diagnóstico de oocistos de coccídios. Foram identificados ovos de nematódeos dos gêneros Strongyloides (72%), Heterakis (18%) e Ascaridia (10%). As larvas as do gênero Strongyloides destacaram-se como as mais prevalentes, com frequência de 97% de casos, seguido geohelmintos (3%). Encontrou-se 1200 oocistos de Eimeria, no estágio de esporulação. Foram encontrados também ácaros e cascudinhos (Alphitobius diaperinus). Conclui-se que a alta frequência de parasitos presentes na cama de frango pode estar relacionada à falha de manejo.

Detecção e identificação de Eimeria sp em galinhas caipiras produzidas no município de Mineiros, Goiás

“…A pesquisa realizada por Campos et al (2018), em uma granja de frango de corte, em que se coletou amostras de cama de 10 galpões, com um total de 24 mil aves por galpão, ao fazer a análise foi constatado um total de 3.700 oocistos por grama de cama, a média superior à do trabalho realizado em Mineiros permite inferir que a forma de produção com grande adensamento de aves pode influir significativamente na contagem de oocistos. GOMES et al, (2009) No trabalho realizado por Siqueira (2016), foi relatado grande diversidade de sintomatologia durante a produção de galinhas caipiras, corroborando os resultados encontrados em Mineiros e que suscitam maior atenção veterinária para este tipo de produção.…”

Evaluation of the reuse of poultry litter on the carcass condemnated due to colibacillosis

“…As aves adquiridas pelo abatedouro B são provenientes de estabelecimentos comerciais de criação no qual o PAC não define o número máximo de usos para a cama de frangos. Isso pode ser considerado um ponto crítico na cadeia de produção de carne de frango, pois o material da cama possui características que colaboram para a manutenção de micro-organismos e também para sua multiplicação e disseminação no ambiente (Campos et al, 2018;Oliveira & Godoi, 2010 carcaças condenadas por colibacilose no abatedouro B seja baixo, comparado ao volume total de animais abatidos (0,06% -114.032/195.289.361tabela 1), esse dado demonstra que o manejo adequado da cama pode aumentar a produtividade das granjas. O mundo vem buscando por técnicas para aumentar a produção e a produtividade de alimentos para acompanhar o crescimento da população humana (Casagrande et al, 2017).…”

“…Embora alguns estabelecimentos definam o limite de seis lotes consecutivos criados sobre o mesmo material, muitos não definem isso no PAC, deixando a cargo do responsável pelo galpão avaliar a necessidade de descarte da cama. Nesse caso, a qualidade do material que está servindo de cama para os frangos criados naquele galpão fica comprometida, uma vez que não é possível determiná-la apenas com a observação do material (Campos et al, 2018;Oliveira & Godoi, 2010).…”

“…A cama de frango é um meio rico em matéria orgânica proveniente da alimentação e dos dejetos das aves. Isso viabiliza o crescimento e a multiplicação de micro-organismos, especialmente Escherichia coli, o agente causador da colibacilose (Campos et al, 2018;Castro, 2018). Chinivasagam et al (2016) demonstraram não haver influência direta da quantidade de reusos da cama e a concentração de Escherichia coli em cama de frango.…”

“…Segundo estudos, a qualidade da cama utilizada na granja influencia diretamente a sanidade do lote aviário e a qualidade da carcaça obtida no abatedouro (Brito et al, 2016;Campos et al, 2018;Dunlop et al, 2016). A quantidade e tipos de microrganismos presentes nesse material são influenciados pelo número de reusos, manejo do material após a saída do lote, como a fermentação, densidade de aves no galpão e período de vazio sanitário (Garcia et al, 2013;Santos et al, 2012).…”