Humanização Durante a Assistência De Enfermagem Nos Cuidados Imediatos Ao Recém-Nascido: Uma Revisão De Literatura

Abstract

Introdução: no Brasil, a taxa de mortalidade infantil vem apresentando tendência contínua de queda, no entanto, a taxa ainda se encontra em nível muito elevado se comparada com a de países desenvolvidos. O enfermeiro atua durante o momento do parto e poderá assegurar a mulher e ao recém-nascido um parto natural, humanizado, assegurando o bem-estar de ambos. Objetivo: analisar as ações de humanização durante a assistência de enfermagem prestadas ao recém-nascido. Metodologia: revisão bibliográfica, exploratória. Foi utilizado para coleta de dados, as publicações indexadas na Biblioteca Virtual de Saúde, incluídos artigos publicados entre 2008 a 2018. A busca dos artigos científicos ocorreu no mês de dezembro de 2018, foram encontrados 14 artigos para avaliação na íntegra. Resultados: observou-se que as ações de humanização nos cuidados imediatos ao recém-nascido são o primeiro contato pele a pele com a mãe, incentivo a amamentação, o método canguru, acolhimento aos pais, inserção de enfermeiras obstétricas, redução de infecção neonatal, inserção da família nos cuidados ao recém-nascido, introdução de modernas unidades neonatal e capacitação para os profissionais. Discussão: apesar dos progressos técnico-científicos, da organização e do aperfeiçoamento dos cuidados terem gerado significativas transformações no cuidado ao recém nascido, os índices de mortalidade neonatal permanecem elevados, assim a adequação do cuidado ao recém nascido tem sido um desafio. Considerações Finais: a humanização da assistência de enfermagem durante o nascimento poderá contribuir de forma positiva, obtendo-se resultados de maior qualidade, reduzindo os índices de mortalidade infantil pautados numa nova forma de assistência individualizada e holística.

Contradições na assistência humanizada ao recém-nascido na sala de parto em uma maternidade do sudoeste mineiro

“…Destacamos como humanização à recepção do RN, a qualidade da relação interpessoal entre os profissionais, gestante e RN, traduzidas pela escuta, acolhimento, dignidade e respeito, além de iniciativas para estimular e promover o vínculo entre mãe/filho e aleitamento materno nas primeiras horas de vida; ações de desmedicalização do parto e nascimento; colocar em prática os direitos da paciente e dos princípios éticos do cuidado, minimizando danos e maximizando benefícios; além da permissão para acompanhante à parturiente (Correia et al, 2020).…”

“…Quando se fala de humanização no nascimento, fala-se em proporcionar a gestante o direito do acompanhante junto com ela na hora do parto, fortalecendo o vínculo familiar e trazendo mais segurança para mãe, a golden hour que é caracterizada pelo primeiro contato da mãe com o bebê, que pode ser mantido no abdome ou tórax materno na primeira hora de vida, como forma de reduzir a mortalidade neonatal e criando um vínculo entre o binômio. (Correia et al, 2020).…”

“…necessários ao bebê de forma integra e humanizada (Rios, 2009;Bezerra et al, 2020;Correia et al, 2020).…”

“…A percepção da equipe multiprofissional de enfermagem sobre práticas assistências ao RN nos primeiros minutos de vida deve ir além dos cuidados padronizados pelas instituições, dos cuidados básicos, e até mesmo além dos cuidados intensivos, pois um olhar crítico humanizado é fundamental para proporcionar todo esse cuidado (Correia et al, 2020).…”

“…A humanização da assistência de enfermagem na sala de parto poderá colaborar de maneira positiva para o trabalho da equipe de saúde, alcançando resultados de maior qualidade, proporcionando satisfação para todos os usuários e profissionais envolvidos, diminuindo os índices de mortalidade infantil pautada em uma nova forma de assistência individualizada e holística (Bezerra et al, 2020;Correia et al, 2020).…”