Este trabalho apresenta uma pesquisa que tem por objetivo investigar o uso da caneta 3D na produção de materiais em relevo visando o acesso a representações de objetos matemáticos por estudantes cegos por meio da exploração tátil. A falta de visão não afeta o desenvolvimento cognitivo de estudantes com deficiência visual, o que torna necessário a exploração de outros sentidos que possibilitem a aquisição de conhecimentos (VIGOTSKI, 2011). O uso de ferramentas e recursos que permitam a exploração tátil de representações vêm sendo explorado para a produção de materiais inclusivos em aulas de matemática (3DOODLER, 2018). A pesquisa adota uma abordagem qualitativa e exploratória, na busca de analisar as impressões compartilhadas por estudantes e profissionais da educação cegos por meio da exploração de materiais táteis produzidos com a caneta 3D e por meio de entrevistas (GIL, 2008). Verificou-se que a exploração tátil dos relevos possibilita o acesso a conteúdos, o reconhecimento de propriedades matemáticas e a formação de conceitos, trazendo benefícios no processo de ensino e aprendizagem de estudantes cegos. Assim, apresenta-se a caneta 3D como uma possível ferramenta auxiliar na produção de atividades inclusivas em aulas de matemática.
Palavras-chave: Caneta 3D. Cego. Deficiência visual. Educação inclusiva. Geometria. Educação matemática.