Hora do Vestibular: o que as estudantes do ensino médio almejam fazer?

Abstract

Mulheres representam apenas 30% da força de trabalho emáreas tecnológicas no cenário mundial, o que se torna um desafio e uma oportunidade para ações de aumento da representatividade feminina. Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa feita com alunas do Ensino Médio durante um evento de divulgação de carreiras para jovens estudantes secundaristas no ano de 2016. As alunas voluntariamente responderam o que as levaria ou não paraárea tecnológica. Resultados mostram que embora as disciplinas daárea de exatas façam parte da preferência de muitas alunas durante o ensino médio, asáreas de Humanas e Biológicas acabam atraindo mais candidatas. O principal motivo segundo elas é a falta de habilidades matemáticas e de vocação.

Identificando Influências na Escolha de uma Graduação em Exatas: um Estudo Qualitativo e Comparativo de Gênero

“…Durante a dinâmica, foram observados mais fatores positivos do que negativos, o qué e esperado dado o perfil da amostra de participantes, que optaram efetivamente por um curso superior naárea de Exatas. Alguns dos fatores mencionados reforçam descobertas feitas em estudos anteriores, como a importância da estabilidade financeira na decisão da carreira para homens [Fundación de Sadozky 2013] e a influência negativa da família e amigos para mulheres [Nakamura and Almeida 2017].…”

“…Nesse contexto, Cheryan et al [Cheryan et al 2015] sugere que meninas desistem de uma possível carreira em Exatas já na infância e aponta questões sociais para o afastamento de mulheres dasáreas de Computação e Engenharias, descrevendo uma análise psicológica desde a infância. Já Nakamura et al [Nakamura and Almeida 2017] tenta explicar as influências na escolha da profissão para meninas na fase do Ensino Médio e Beaubouef et al [Beaubouef and Zhang 2011] elaborou um estudo qualitativo questionando alunas de um curso superior em Ciência da Computação sobre como elas veem a ausência de mulheres nessaárea.…”

Programando para inclusão - experiências e lições aprendidas

“…Pesquisas recentes mostram que o desinteresse de meninas em idade escolar, mesmo aquelas que se identificam com disciplinas como matemática e física, se dá pelo desconhecimento sobre os cursos correlatos e das atividades desempenhadas pelo profissional desse mercado de trabalho, bem como pela disseminação na sociedade de estereótipos equivocados sobre as pessoas (e sobretudo as mulheres) que trabalham com TI [Matsuura 2016]. O debate sobre este assunto tem atraído a atenção da sociedade recentemente e algumas iniciativas para enfrentá-lo têm sido conduzidas em escolas, universidades e na iniciativa privada [Google 2018, Nakamura et al 2017, Pessoa et al 2017.…”