As abelhas Apis mellifera coletam um conjunto de substâncias da natureza para assegurarem a sua sobrevivência, nomeadamente o néctar, que é a principal fonte em carboidratos e utilizado para produção de energia, o pólen da onde retiram as proteínas, minerais, vitaminas e lipídeos e a água que atua no controle da temperatura e umidade da colmeia. O consumo de carboidratos ocorre em todas as fases do desenvolvimento das abelhas, porém na fase adulta a dieta é quase exclusiva à base destas substâncias, necessitando uma abelha de aproximadamente 4 mg de açúcar por dia para sobreviver. A suplementação artificial fornecida para as abelhas pelos apicultores surgiu como uma prática de sobrevivência e manutenção das atividades da colmeia. Pastas e xaropes de mel, sacarose, açucares invertidos, xaropes de milho de elevado teor em frutose (HFCS) e outros xaropes de frutas são oferecidos como suplemento energético em períodos de escassez de néctar, como em condições climáticas adversas enquanto que dietas proteicas a base de farinha de soja, albumina, farinha de arroz, farinha de milho, entre outras, servem como estratégia para o apicultor aumentar a criação, produzir rainhas, multiplicar comeias, entre outros fatores de interesse. Dessa forma, o trabalho teve como objetivo revisar o estilo de vida e as necessidades nutricionais das abelhas dessa espécie, assim como exemplificar os tipos de suplementos alimentares existentes e em que circunstâncias melhor se aplicam, auxiliando os apicultores na escolha da alimentação mais adequada.