“…Outros ganhos políticos são identificados nos novos modos de se afirmar e relacionar por redes sociais, que dizem respeito ao fortalecimento de grupos minoritários. A autoexposição tem sido analisada a partir dos conceitos de hipervisibilidade (Andrew KEEN, 2012;Carla ABREU, 2015) e autorrevelação (ABREU, 2015) que discutem, respectivamente, a mercantilização das pessoas por meio do excesso de autoexibição e exibição da intimidade, alheias ao processo de fornecimento de dados pessoais a empresas, e das narrativas da intimidade e do cotidiano direcionadas a um público não necessariamente conhecido. Por um lado, há fortes críticas à cultura da hipervisibilidade e uma descrença de que as relações construídas nas redes sociais possam gerar algum avanço no que concerne ao respeito às diversidades a partir da multiplicação das afirmações de identidades -mas o contrário, cada vez mais vulnerabilidade pela exposição, ausência de comunicações de qualidade, intolerância e violência (KEEN, 2012).…”