RESUMO:Objetivos: Avaliar os riscos, benefícios e como dar seguimento necessário às gestantes portadoras de hipertireoidismo, proporcionando melhor desfecho ao binômio materno fetal.
Métodos:Foi realizada uma revisão da literatura na base de dados Pubmed, utilizando os descritores "pregnancy" AND "hiperthyreoidism" no período 2015 -2018. Foram selecionados 171 artigos e, após utilizar-se como fatores de exclusão as revisões bibliográficas, atingiu-se um total de 18 trabalhos relacionados ao tema.Resultados: Dentre as complicações gravídicas, o hipertireodismo está presente em 0,1-0,4% das gestações, sendo ocasionado, principalmente por Doença de Graves e Tireotoxicose Transitória da Gestação. Estudos revelam que a doença relaciona-se a risco elevado de pré-eclâmpsia, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, diabetes mellitus gestacional e necrose hepática. Para o feto, há evidências de restrição de crescimento intrauterino, natimortalidade, abortamento e anomalias congênitas como malformações urinárias e cervicofaciais. Atualmente, drogas antitireóideas são recomendadas, embora também relacionadas a complicações.
Conclusão: O diagnóstico precoce e o acompanhamento durante o pré-natal com o tratamento medicamentoso correto das gestantes com hipertireoidismo repercutem positivamente no desfecho gestacional, trazendo benefícios para o binômio materno fetal.