Helen’s semiotic body: ancient and modern representations

Abstract

Este artigo baseia-se em um trabalho teórico sobre a representação do corpo feminino como um objeto do olhar masculino na narrativa moderna, a fim de decodificar e analisar o retrato de Helena como um vácuo físico na literatura antiga. Defendo que a negação da corporalidade de Helena enfatiza a dualidade semiótica de seu corpo, permitindo que este seja apresentado tanto como um signo quanto como um lugar para a inscrição de signos. O artigo, então, mostra, na sequência, como a representação de Helena na Ilíada proporcionou ao filósofo Edmund Burke, do século XVIII, uma plataforma retórica sobre a qual teorizar a dicotomia estética entre o belo e o sublime. Encerro minha análise ilustrando como os ecletismos, concessões e pastiches que configuram as recriações cinematográficas de Helena encontram um paralelo com técnicas pictóricas antigas e assim as perpetuam.