O estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare são dois dos diversos fixos esportivos que compõem o Complexo Esportivo do Maracanã (CEM), localizado na zona norte carioca. Tais equipamentos desempenharam por décadas importantes funções esportivas e sociais, atendendo atletas e a comunidade em geral. Entretanto, verifica-se nos últimos anos um processo de desterritorialização destes grupos em decorrência do projeto urbano desenvolvido pela cidade do Rio de Janeiro, este pautado em megaeventos esportivos. A partir deste contexto, o objetivo geral do artigo trata de analisar o CEM como uma territorialidade da cidade do Rio de Janeiro que transcende a esfera do futebol, buscando evidenciar a sua importância esportiva e social através do Estádio de Atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare. Para tanto, a pesquisa está pautada em referencial teórico que trata da produção do espaço urbano a partir dos megaeventos, bem como em documentos de fontes primárias e secundárias. As informações coletadas indicam a ocorrência de um processo de territorialização do capital, a desterritorialização de práticas esportivas e sociais, e nos desafiam a pensar possibilidades para a reterritorialização no Célio de Barros e no Júlio Delamare.