O estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare são dois dos diversos fixos esportivos que compõem o Complexo Esportivo do Maracanã (CEM), localizado na zona norte carioca. Tais equipamentos desempenharam por décadas importantes funções esportivas e sociais, atendendo atletas e a comunidade em geral. Entretanto, verifica-se nos últimos anos um processo de desterritorialização destes grupos em decorrência do projeto urbano desenvolvido pela cidade do Rio de Janeiro, este pautado em megaeventos esportivos. A partir deste contexto, o objetivo geral do artigo trata de analisar o CEM como uma territorialidade da cidade do Rio de Janeiro que transcende a esfera do futebol, buscando evidenciar a sua importância esportiva e social através do Estádio de Atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare. Para tanto, a pesquisa está pautada em referencial teórico que trata da produção do espaço urbano a partir dos megaeventos, bem como em documentos de fontes primárias e secundárias. As informações coletadas indicam a ocorrência de um processo de territorialização do capital, a desterritorialização de práticas esportivas e sociais, e nos desafiam a pensar possibilidades para a reterritorialização no Célio de Barros e no Júlio Delamare.
Ouro Preto é reconhecida nacional e internacionalmente por seu valor patrimonial e histórico materializado na monumentalidade das construções do período barroco-colonial. Estes fatores levaram a cidade a ser consagrada enquanto Patrimônio Mundial da UNESCO em 1980. A chancela da UNESCO permitiu que a cidade conquistasse mais renda diante do fluxo de capital em razão do reconhecimento de valores como singularidade, autenticidade e excepcionalidade. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa é debater a relação conflituosa entre turismo e patrimônio, tecendo conexões com as motivações políticas, institucionais e econômicas que estão no entorno da sua preservação. Destarte, foi realizada uma pesquisa descritiva e exploratória que encaminhou-se por meio de técnicas de pesquisa bibliográfica e análise documental para efetivar a interpretação e a discussão dos resultados. O estudo foi construído a partir de dezenas de artigos científicos, trabalhos publicados em anais de eventos, capítulos de livros, dissertações e teses de doutorado, buscando aprofundar o conhecimento acerca das características que abarcam o objeto de investigação . Ao final foram perceptíveis as contradições socioespaciais e territoriais reveladas na relação do turismo com o patrimônio , pois ao passo que a municipalidade se aproxima do centro histórico, ela distancia-se das periferias. O processo de refuncionalização turística do centro histórico foi concebido priorizando os valores mercadológicos, prevalecendo a cenarização e a fetichização da paisagem como forma de atrair turistas. Espera-se que o poder local e as resistências sociais instituam instrumentos de enfrentamento úteis frente ao processo de segregação socioespacial, prezando pela manutenção de espaços multifuncionais voltados à fruição e à apropriação efetiva do patrimônio. Além disso, vislumbra-se uma política urbana mais justa, com foco em uma política patrimonial baseada na gestão participativa dos núcleos urbanos tombados. Há ainda a necessidade de ativar memórias que sejam integradoras, que estimulem o diálogo, que permitam escapar de imposições historicamente estabelecidas. Da mesma forma, é necessário suprir a carência de patrimônios identificados em todos os setores territoriais da cidade, sobretudo nos espaços marginais e não somente nos que estão localizados em seu centro histórico.
Este estudo objetivou pesquisar a prática do turismo futebolístico em Belo Horizonte, a partir das possibilidades de aproximação entre a Pampulha e o “novo” Mineirão. Foram preenchidos 335 formulários em dias de jogos realizados no estádio, sendo que, para poder participar da pesquisa, o torcedor não podia possuir moradia fixa na cidade. Identificou-se que os valores intrínsecos ao “novo” Mineirão são fatores que motivam a maioria dos torcedores a querer viajar para frequentar o estádio. Todavia, a minoria realiza outras atividades de lazer na Pampulha além da vivência futebolística. Portanto, tanto pelas intervenções ocorridas na paisagem urbana da Pampulha, que a constituíram como espaço turístico, quanto pelo fluxo turístico proveniente da demanda futebolística, acredita-se que o futebol possa ser pensado, para além da dimensão esportiva, como uma atração turística capaz de fomentar o turismo na localidade.
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