2015
DOI: 10.4013/csu.2015.51.1.07
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Há diferenças que fazem diferença? Lutas identitárias e conflitos ambientais nas dinâmicas de expansão capitalista da Amazônia

Abstract: Há diferenças que fazem diferença? Lutas identitárias e conflitos ambientais nas dinâmicas de expansão capitalista da Amazônia Are there differences that make a difference? Identity struggles and environmental conflicts in the dynamics of capitalist expansion in the Amazon

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“…O que está em jogo, portanto, na luta pela identidade e pelo reconhecimento é a imposição de percepções e categorias de percepção (Bourdieu, 1989). Em um contexto de disputas territoriais, como no caso da Amazônia, a politização da identidade representa uma forma de afiançar a permanência no lugar e nesse digladio a riqueza cultural aparece como caractere que dota certos grupos de particularidades diferenciais (Assis & Lages, 2015). A cultura como recurso (Yúdice, 2013) e o recurso à cultura aparecem, portanto, como estratégias de mobilização para fazer frente às dinâmicas expropriatórias que atingem populações camponesas e tradicionais na medida em que o capital avança sobre novos territórios amazôni-cos. A cultura associa por assim dizer as pessoas à terra, consequentemente, grupos portadores de cultura ganham passaportes para direitos à cidadania; identidades étnicas e culturais passam a ser armas que muitos grupos minoritários utilizam para se defenderem contra outros grupos mais fortes (Almeida, 2007).…”
Section: Fiodor Dostoiévski Notas De Inverno Sobre Impressões De Verunclassified
“…O que está em jogo, portanto, na luta pela identidade e pelo reconhecimento é a imposição de percepções e categorias de percepção (Bourdieu, 1989). Em um contexto de disputas territoriais, como no caso da Amazônia, a politização da identidade representa uma forma de afiançar a permanência no lugar e nesse digladio a riqueza cultural aparece como caractere que dota certos grupos de particularidades diferenciais (Assis & Lages, 2015). A cultura como recurso (Yúdice, 2013) e o recurso à cultura aparecem, portanto, como estratégias de mobilização para fazer frente às dinâmicas expropriatórias que atingem populações camponesas e tradicionais na medida em que o capital avança sobre novos territórios amazôni-cos. A cultura associa por assim dizer as pessoas à terra, consequentemente, grupos portadores de cultura ganham passaportes para direitos à cidadania; identidades étnicas e culturais passam a ser armas que muitos grupos minoritários utilizam para se defenderem contra outros grupos mais fortes (Almeida, 2007).…”
Section: Fiodor Dostoiévski Notas De Inverno Sobre Impressões De Verunclassified
“…A proteção do meio ambiente, da terra, dos bens comuns não é propalada de maneira retórica. Ao contrário disso, os mecanismos utilizados para pressionar o Estado e garantir o direito à terra recorrem à tríade identidade, território e preservação ambiental, assim, a cultura como recurso (Yúdice, 2013) e o recurso à cultura aparecem como estratégias de mobilização para fazer frente às dinâmicas de expulsão e expropriação que atingem as populações camponesas Lages, 2015). Os acampados, especialmente naqueles processos judiciais que se arrastam por longos anos, vão criando laços simbólicos e materiais com as terras ocupadas, quando não é o caso de já os possuírem por terem sido outrora expulsos em razão da quebra do regime de morada do agronegócio canavieiro.…”
Section: Introductionunclassified