INTRODUÇÃOP revisivelmente, a crise financeira que se anunciou no início do segundo semestre de 2008 desafiou o mundo das finanças. Será ele capaz de contê-la, tratá-la e manter sua autonomia? A sociedade foi obrigada a socorrer as instituições financeiras e outras, que se fragilizaram ao extremo por causa de problemas que são diagnosticados como "excessos", ou "cupidez" dos agentes financeiros. Como evitar que as repercussões da crise façam cancelar os privilégios materiais e morais que os "mercados" e seus participantes gozaram até a eclosão da crise? Os agentes ligados ao sistema financeiro, evidentemente, irão ressaltar as vantagens e alavancagens que ele propicia à sociedade e as benfeitorias que ele promove, enquanto os críticos irão chamar a atenção para os custos diretos e indiretos da crise e irão manejar a possível repulsa ao que será considerado como remuneração excessiva, ou mesmo exorbitante, dos financistas. Haverá certamente uma disputa mais 255