A pesquisa emergiu no contexto das reflexões comemorativas dos 40 anos/ UNESP (1976-2016) e assumiu como objeto de análise (re) tomar a trajetória histórica da universidade, avaliar as “agencias”, as demandas estudantis existentes em uma perspectiva de gênero. Colocandose como parceira das metas assumidas, a investigação situa-se na urgência de garantir efetivamente a inclusão social, de gênero e racial na vida acadêmica diante dos inúmeros enfrentamentos e os conflitos que se fazem presentes no vivido dos campi universitários. A proposta parte de um olhar epistemológico de modo a garantir uma revisão das imagens e representações que temos de nossa realidade acadêmica no contexto latino americana. Não se trata de um estudo como denúncia, mas de análise das praticas sociais e da violência de gênero naturalizadas, em uma “cultura do estupro” vivenciadas no ambiente universitário – UNESP. Inserido no Tempo Presente e na perspectiva de captar oralidades através das distintas narrativas e depoimentos de estudantes, consideradas(os) vítimas/sobreviventes decorrente desse tipo de violência incluindo a análises dos comportamentos e valores observados nas atividades estudantis como os trotes ( proibidos na UNESP, porém mantidos com outras significações e práticas ), as festas e os relacionamentos “ relâmpagos”. Partimos de questões, como: Por que persiste essa espécie de violência seja física ou psicológica e quais as razões em um ambiente acadêmico e com uma população de formação superior? Que alternativas são possíveis de observar? Como enfrentar a vulnerabilidade frente a frequente retaliação e a permanência de assédio e até de agressões? Como a UNESP tem convivido e enfrentado as tensões e os conflitos de relação de gênero, nesses 40 anos de uma trajetória?