O impacto ambiental provocado por práticas agropecuárias extrativistas é preocupante a nível mundial do ponto de vista ambiental e econômico, visto que a degradação das áreas causa impacto ambiental, afeta diretamente a produção vegetal e indiretamente a produção animal. Com a finalidade de diminuir os danos ao meio ambiente e adotar modelos de produção mais eficientes e sustentáveis, o governo brasileiro lançou políticas governamentais com incentivo por meio de financiamento para implantação destes. A iLPF consiste no cultivo simultâneo ou em sucessão para produção de alimento de origem animal e vegetal além da produção de recursos madeireiros e não-madeireiros. Esse sistema possibilita a diversificação da renda, maior produtividade, benefícios ao solo e ao sistema, recuperação de áreas degradadas e é de baixo impacto ambiental, contudo esses podem não ocorrer em circunstâncias de implantação e manejo incorreto de seus componentes resultando em um cenário de desequilíbrio e competição. O componente florestal, por permanecer por mais tempo na área de produção, deve-se dar atenção à escolha da espécie a ser utilizada bem como ao arranjo a ser adotado, visto que pode influenciar seu próprio desenvolvimento e dos demais componentes vegetais. Frente a complexidade do sistema e seus potenciais benefícios, são essenciais pesquisas acerca da iLPF para síntese de informações sobre os melhores modelos a serem adotados em função da diversidade ambiental e realidades socioeconômicas brasileiras.