Governança E Ações Coletivas No Turismo Regional: A Experiência Dos Empreendedores Da Região Oeste Do Paraná

Abstract

RESUMO:O processo de desenvolvimento do turismo exige a articulação e o empenho de muitos atores, entre eles os empreendedores, os quais buscam soluções às demandas do setor. Nesse movimento, notam-se, em âmbitos público e privado, discursos ressaltando a governança como um meio de se atingir a gestão dos movimentos turísticos. Contudo, num contexto em que não há espaço e cultura de participação coletiva, o desafio é maior. Assim sendo, o objetivo desta pesquisa é analisar como ocorre a participação dos empreendedores, de forma coletiva, em prol da construção da governança do turismo regional no Oeste do Paraná. Nessa região existe um roteiro turístico criado com o intuito de trabalhar de forma participativa com pequenos produtores rurais que buscam complementar sua renda por meio do turismo. Para tanto, a pesquisa apresenta caráter qualitativo e descritivo e os dados centrais foram obtidos por meio de entrevistas realizadas com os empreendedores turísticos. Os resultados evidenciam que as ações coletivas são ainda insuficientes em detrimento ao que a região carece para desenvolver o turismo. Além disso, os esforços para a governança estão em fase de compreensão e discussão, o que demonstra que ainda existem desafios a serem superados em busca do desenvolvimento do turismo regional.

Power Relationship in the Governance of Regional Tourism Organizations in Brazil

“…Brazil, due to its size, socio-cultural and economic diversity, provides an excellent experiment to test methodologies and develop new proposals. Thus, from a consistent theoretical basis in particular by Beaumont and Dredge [14], Vera-Rebollo [12], Pechalaner, Raich and Herntrei [26], Nóbrega [17], Tomio and Schimidt [20] and Arnhold Junior [37] a methodology was developed and applied that presents a matrix with variables and categories that assess the power relations in a tourist destination. This contribution gains even more value because it was applied on a regional scale.…”

“…Dreher and Salini [16], Nóbrega [17], Araújo and Dredge [18], Lefebvre [19], Tomio and Schimidt [20], and Valente, Dredge, and Lohmann [21]. [24].…”

“…Category 1 portrays the representativeness between public, private and third sectors in regional tourism organizations. Dreher and Salini [16]; Nóbrega [17], Araújo and Dredge [18], Lefebvre [18], Tomio and Schimidt [20] argue that relations between public and private sectors should go hand-in-hand, so that cooperation among those involved will benefit all members of society. If there is an imbalance in the representativeness, there is a risk that there will be a direction of actions to favor only one of the powers, and the interest of walking together and deciding on the management, process, monitoring and evaluation of the activities inherent to the actors of the governance disappears.…”

“…The existence of a healthy interaction between the actors of the same group requires harmony among those involved. The harmonic relationship does not mean that there can be no debate for the improvement of the regional organization or about actions to be developed, but essentially, what should be present is the interest of the society and of those directly and indirectly involved in the tourist activity of the region (Luz et al [30]; Zahra [21]; Cunha and Mazaro, 2011 [22]; Meneghel and Tomazzoni, 2012 [23]; Valente, Dredge, and Lohmann [20]).…”

Santos e Região Convention & Visitors Bureau e a governança para o desenvolvimento turístico da costa da Mata Atlântica (SP)

“…(TOMIO;SCHMIDT, 2014). De acordo com Ruschmann, Anjos e Arnhold (2017), ao aplicar o conceito de governança no turismo, os resultados também parecem ser diferentes em vários destinos, entendendo que a governança do turismo é a gestão do processo de turismo, levando os destinos a serem mais ou menos organizados e, portanto, mais ou menos atraentes para os turistas e visitantes, indicando a necessidade de uma maior compreensão sobre essa complexidade.…”