Gestores, Engajamento e Comportamentos Políticos: Uma Relação Não Linear

Abstract

RESUMO Contexto normalmente ligados aos centros de poder e tomada de decisão, os gestores encontram-se mais próximos aos efeitos da Percepção de Política nas Organizações, um fenômeno considerado contraproducente, porém inerente à própria existência das instituições. Objetivo este estudo investiga como gestores de diversas empresas, com diferentes níveis de Engajamento no Trabalho encaram a presença de comportamentos políticos em suas organizações. Método dados de uma survey com 1498 gestores foram submetidos a análise de clusters; regressões múltiplas lineares e não lineares subsidiaram testes de hipóteses. Resultados na maioria dos casos analisados, a resiliência, o envolvimento e a concentração mitigaram a percepção de comportamentos políticos na organização. Entretanto, constatou-se uma quebra de paradigma entre os altamente engajados: o Engajamento impactou no aumento da Percepção de Política. Conclusões Engajamento no Trabalho e Percepção de Política na Organização relacionam-se de forma curvilínea, indicando que não são necessariamente antagônicos. O estudo indica que gestores emocionalmente e cognitivamente estruturados tendem a aumentar seu engajamento mesmo diante de uma elevada percepção de um ambiente político, revelando uma perspectiva positiva às práticas de gestão: fomentar um maior entendimento e conexão com o ambiente organizacional possivelmente trará resultados mais eficazes do que tentativas de coibir ou negligenciar os comportamentos políticos.Classificação JEL: D72, G32, C2.

How political skill and work engagement differ by hierarchical level: evidence from Brazil

“…At a macro level, the evidence that the variables WEG and PS, when considered together, are significantly influenced by hierarchical level contributes to previous findings regarding the increasing complexity of management activities and the skills required for this career (Lord & Hall, 2005;Mintzberg, 2009;Mumford et al, 2007;Ma et al, 2020;Sternad, 2020). Specifically, the behavior of the average scores of these two concepts across the levels investigated points to different pathways: it was Teixeira, 2020;Lazreg & Lakhal, 2022;Maher et al, 2021). This research aimed to extend the literature on managerial work by considering the importance of understanding the challenges faced by managers.…”

“…Contemporary research suggests that managers exhibit a high level of engagement with their responsibilities, manifesting an emotional, physical, and cognitive connection to their work environments (De Moraes & Teixeira, 2020;Garg et al, 2018;Knight et al, 2019;Nikolova et al, 2019). Consequently, they are more inclined to be open, connect with stakeholders, and invest personal effort to fulfill their roles at work (De Moraes & Teixeira, 2020;Decuypere & Schaufeli, 2020;Li et al, 2021). Holding a managerial position contributes significantly to work engagement, a concept closely linked to positive organizational behavior.…”

“…However, the increasingly social and ambiguous nature of work has heightened the emphasis on the ability to understand and navigate the social fabric of organizations (De Moraes & Teixeira, 2020;Lazreg & Lakhal, 2022;Maher et al, 2021). Leading teams requires having and maintaining a strong network of relationships, effective communication, and persuasiveness.…”

Social challenge stressors and work engagement: the moderating role of political skill

“…Future research can explore such absence with multiple moderations. Cross-cultural studies are other possible avenues of investigation because, in the Brazilian case, organizational politics has a strong presence (De Moraes & Teixeira, 2020;Schroder & Silva, 2020), which may have potentiated its importance. Furthermore, as the sample covered only civil servants, analyses focused on the private sector could provide new perspectives on the phenomenon presented.…”

“…Considering that political behavior is a phenomenon adjacent to organizational relationships (Allen et al, 2016;De Moraes & Teixeira, 2020), possessing political skill provides resources to address work demands, thus becoming a controlling factor in stress (Hessels et al, 2017;Perrewé et al, 2004). This feature allows the development of the hypothesis that political skill may be a variable capable of interacting with SCS and moderating the strength and direction of the relationship between social stress and work engagement.…”