Gestão e Responsabilidade Ambiental nas práticas de uma cooperativa de agricultura familiar: A percepção de cooperados

Abstract

Considering that the environmental crisis has pressured organizations to change their way of acting to remain competitive in the market, and corporate social responsibility appears as a means for organizations to adapt to the "new" market of consumers concerned with environmental issues, and knowing that the cooperative is an organization with particularities, but that it operates in the market, and should be guided by activities aimed at sustainable development, the objective is to analyze the perception of cooperative members about the management and environmental responsibility in the practices of a family farming cooperative. For that, we opted for the descriptive approach, once we interviewed seven cooperative members, by means of a script composed by 12 (twelve) questions, in a five-point scale between agreeing or totally disagreeing, elaborated from the Ethos Indicators of Corporate Social Responsibility and two principles of cooperativism (fifth and seventh). Thus, it is observed that there was an unfavorable perception of the cooperative members in relation to the cooperative's environmental management, which allows the conclusion that the absence of a formal and clear environmental policy and Environmental Education program in the organization could positively influence the development of environmental actions in the cooperative.

Sensibilidade da Sustentabilidade ao Cooperativismo e a Governança Corporativa

“…A segunda maior média (4,23) é em relação à sustentabilidade e considera que, de modo geral, as cooperativas se utilizam das práticas de sustentabilidade apontadas no construto. A sustentabilidade integra os princípios e valores cooperativistas, tendo em vista a promoção do trabalho cooperado, inclusão social e geração de riqueza ao associado, contribuindo para o desenvolvimento da região onde a cooperativa atua (Silva, Mariano & Albino, 2020)) e da consciência ambiental, por meio da educação ambiental e do direcionamento dos processos produtivos mais eficientes ecologicamente (Morais et al, 2020). Da mesma forma, as cooperativas caracterizam-se como uma organização justa e equitativa, com a participação do membro associado no processo decisório e estes fatores também contribuem para que ela se torne sustentável (Schneider, 2015).…”

“…O resultado está em linha com Morais et al (2020), ao argumentar que em uma cooperativa apoiada em seus princípios e valores, espera-se a gestão realizada com base em valores éticos, transparência e comprometimento na busca da sustentabilidade. Viana et al (2018) observam que devido aos seus princípios e valores, as cooperativas possuem em sua essência o senso de coletividade, democracia e ajuda mútua.…”

“…Nesse sentido, o desafio da gestão é assegurar os interesses dos cooperados à medida que atua para tornar a cooperativa um empreendimento sustentável, não somente no que diz respeito à dimensão econômica, mas também nas dimensões social e ambiental (Morais;Siqueira & Silva, 2020). Isso contribui com a função de fomentar o desenvolvimento sustentável local e a geração de renda aos cooperados (Viana et al, 2018).…”

“…Schneider (2015) argumenta que as cooperativas possuem mecanismos que podem contribuir para o desenvolvimento sustentável, a exemplo da democracia e a participação dos cooperados no processo decisório, que fazem parte da sua estrutura organizacional. O desenvolvimento sustentável também é percebido como forma de atender as aspirações da comunidade e as necessidades sociais (Morais et al, 2020).…”

A institucionalização das práticas de responsabilidade social corporativa em concessionárias automotivas

“…Se observado a média do processo de institucionalização das práticas de RSC, para a dimensão legal de acordo com a percepção dos colaboradores, nota-se que se apresenta entre mediana e forte (3,75 média; 1 mínimo; 5 máximo; e 0,35 desvio padrão), diferente do percebido pelos gestores, cujo processo de institucionalização desta prática está entre forte e fortíssima (4,67). Morais et al (2020), investigaram as práticas de RSC sem diferenciar percepções, constatando que a dimensão legal, está institucionalizada e as empresas que aderem à lei é porque acreditam que os negócios justos refletem positivamente na economia e na sociedade.…”