Resumo: A esquizofrenia ainda promove muito estigma, sendo um tipo de sofrimento que ainda gera muitos preconceitos, inclusive entre profissionais de saúde mental, o que, consequentemente, reflete no cuidado ofertado a pessoas com esse diagnóstico. Os objetivos deste trabalho foram discutir aspectos relativos ao diagnóstico de esquizofrenia e os tipos de tratamentos empregados para pessoas diagnosticadas com esquizofrenia, pensando a partir de uma perspectiva que valoriza a autonomia dos sujeitos com esse diagnóstico. Para isso, foram apresentadas diversas intervenções que vão para além do modelo médico. As discussões se deram com base na teoria psicanalítica e a partir da abordagem psicossocial. Foram realizadas entrevistas com profissionais de saúde mental e usuários de serviços de saúde mental. Como método de análise foi utilizada a hermenêutica de profundidade. Os relatos analisados permitiram identificar e discutir pontos importantes, como o respeito pela subjetividade enquanto ponto principal no cuidado de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia, a heterogeneidade nesse tipo de sofrimento, além de ter sido possível refletir acerca das mudanças que ainda se mostram necessárias para que pessoas com diagnóstico de esquizofrenia sejam reconhecidas enquanto sujeitos para além de seus sintomas.