INTRODUÇÃO: A doença falciforme é uma condição genética recessiva em que ocorre uma mutação no gene beta na posição 6, resultando na formação da hemoglobina S. Esta condição é caracterizada por uma anemia hemolítica crônica, onde as hemácias adotam uma forma semelhante a uma foice. No traço falciforme, em que há heterozigose (HbAS), o indivíduo possui tanto HbA quanto HbS, mas a concentração de HbA é predominante, o que geralmente não causa alterações hematológicas nem sintomas. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar as diversas complicações que podem ocorrer durante a gestação em mulheres diagnosticadas com anemia falciforme. Serão investigados os potenciais desafios enfrentados por essas gestantes, bem como os cuidados necessários para mitigar os riscos à saúde tanto da mãe quanto do feto. METODOLOGIA: Este estudo adota uma abordagem de revisão integrativa da literatura, com o objetivo principal de aplicar métodos que facilitem a identificação, seleção e síntese de resultados relevantes sobre as complicações enfrentadas por gestantes portadoras de anemia falciforme. Para conduzir a pesquisa, utilizou-se a estratégia PICO (Quadro 1), com a formulação da seguinte pergunta orientadora: "Quais são as principais complicações maternas e fetais associadas à anemia falciforme durante a gestação?". RESULTADOS E DISCUSSÃO: A gravidez em mulheres com anemia falciforme é considerada de alto risco, resultando em uma variedade de complicações tanto para a mãe quanto para o feto. Essas complicações da doença falciforme durante a gravidez não afetam apenas a vida da mulher, mas também têm impacto na relação entre mãe e feto. Além disso, as mudanças fisiológicas típicas da gestação podem desencadear a descompensação da condição patológica. CONCLUSÃO: Em suma, é fundamental que os profissionais de saúde estejam bem informados sobre as complicações associadas à anemia falciforme durante a gestação e que as gestantes recebam uma assistência integral e individualizada para garantir uma gravidez segura e um bom prognóstico para mãe e filho. Investimentos em pesquisa e educação contínua são essenciais para avançar no conhecimento e na prática clínica relacionados a essa condição complexa e desafiadora.