Geochronology, Isotopic Signature and Metallogenetic Model for the Córrego Paiol Gold Deposit, Tocantins State, Central Brazil

Abstract

RESUMOGEOCRONOLOGIA, ASSINATURA ISOTÓPICA E MODELO METALOGENÉTICO PARA O DEPÓSITO DE OURO CÓRREGO PAIOL, TOCANTINS, BRASIL O Terreno Almas-Dianópolis, embasamento do extremo norte da Zona Externa da Faixa de Dobramentos Brasília, hospeda ocorrências e depósitos de ouro, entre estes, o depósito Córrego Paiol, alojado em anfibolito com alto-Fe da Formação Córrego Paiol e metagabro. O depósito é de origem hidrotermal e foi formado sob condições de temperatura e pressão do fácies xisto verde. O anfibolito hospedeiro contém dois reservatórios de argônio, relacionados às orogenias Transamazônica e Brasiliana. Cálculos geotermobarométricos e as idades 4°Ar_ 39Ar indicam que o evento mineralizante ocorreu durante o resfriamento, aproximadamente isobárico, que se seguiu a uma fase de descompressão isotermaldo terreno hospedeiro, relacionadosa uma trajetória P-T-t horária desenvolvidana fase final da Orogenia Brasiliana.Os isótoposde chumbo em pirita e rocha total indicam que dois reservatórios contribuíramcom chumbo e ouro, por analogia, para o depósito Córrego Paiol: i) chumbo com desenvolvimentoisotópico retardado, menores razões U/Th e elevadas razões 238U;:W4Pb, originado na crosta inferior; ii) chumbo com maiores razões U/Th e elevadas razões 238Up04Pb, proveniente da crosta superior. Os isótopos estáveis em carbonato sugerem a mistura de C e O de origem profunda, oriundos do terreno hospedeiro, com C e O provenientes das coberturas de rochas metassedimentaresmeso-neoproterozóicas. O depósito Córrego Paiol provavelmente fez parte de um evento metalogenético de escala cratônica, desenvolvido na margem oeste do Cráton São Francisco, com reflexos para o interior do cráton, ao qual estão relacionados outros depósitos de Au, e que retrabalhou, durante a Orogenia Brasiliana, reservatórios que também forneceram metais para depósitos de chumbo e zinco.Abstract The Almas-Dianópolis Terrane(ADT) composes most ofthe basement ofthe northern segment ofthe ExternalZone ofthe Brasília Fold Belt and hosts several gold showings and small depositsas well. The most importantis the Iodeorogenic-type Córrego Paiol Iodegold mine, hosted by hydrothermally alteredhigh-Fe amphiboliteand metagabbro. The depositwas formed by mineralizingfluid under greenschistfacies conditions. Host amphiboliteretained two argon reservoirs,related to the Transamazonian (-2.0 Ga) and Brasiliano (-700 to -535 Ma) orogenies.Geothermobarometric calculationsand 4°Ar_ 39 Ar age spectra showed that mineralization (563± 15 Ma) took place duringnear isobariccoolingstage that followedthe isotherrnal decompression(started around -700 Ma) of the host terrane, which are part of a collisional clockwise P-T-t trajectory developed during the Brasiliano Orogeny. Whole rock and pyrite lead isotopes indicate that lower and upper crusts contributedwith lead and gold to the Córrego Paiol deposito Stable isotopes in carbonatesuggest a mixture of deep-seatedcarbon and oxygen, originatedin the host terrane, and carbon and oxygen from Meso-Neoproterezoic metasedimentary cover.The ...

Geologia e ocorrências de ouro do Terreno Granito-Greenstone do Tocantins, TO: síntese do conhecimento e parâmetros para exploração mineral

“…Dados geotermobarométricos, isotópicos de Pb em pirita, de C e O em anquerita, e idades Ar 40 -Ar 39 obtidas em clorita e muscovita hidrotermais do depósito indicam que o mesmo originou-se há 563 ± 15 Ma, durante o resfriamento que se seguiu a uma fase de descompressão relacionada a uma trajetória P-T-t horária desenvolvida na fase fi nal da orogênese Brasiliana (Cruz 2001, Cruz & Kuyumjian 2006. Segundo Dávila & Kuyumjian (2005), as ocorrências de ouro hospedadas por rochas da sequência vulcano-sedimentar paleoproterozoica das regiões de São Domingos (GO) e Correntina (BA), localizadas próximas ao TGGT, também teriam se formado durante a orogênese Brasiliana.…”

“…síntese do conhecimento e parâmetros para exploração mineral et al( ) e Goldfarb et al (2005 para a formação de depósitos orogênicos de ouro, fl uidos hidrotermais resultantes de devolatilização metamórfi ca em níveis crustais mais profundos migraram para zonas de cisalhamento transcrustais no TGGT durante a orogênese Brasiliana, enriqueceram-se em ouro e, após o pico do metamorfi smo, participaram de mineralização de ouro nas fases fi nais da deformação e estruturação da faixa Brasília na borda oeste do Cráton São Francisco (Cruz & Kuyumjian 1993, 2006. Não há dados ou evidências que indiquem que as ocorrências de ouro do TGGT tenham resultado de mobilização e concentração, ou remobilização e reconcentração metamórfi ca de ouro singenético paleoproterozoico durante o Neoproterozoico.…”

“…As primeiras descrições mais detalhadas de ocorrências de ouro do TGGT são de autoria de Costa et al (1976) e Correia Filho & Sá (1980). Alteração hidrotermal (Silva et al 1990, Cruz & Kuyumjian 1999, controle estrutural (Cruz 2001, Ferrary & Choudhuri 2004, dados geocronológicos, geotermobarométricos e isotópicos (Cruz & Kuyumjian 2006) e inclusões fl uidas (Ferrari & Choudhuri 2004) do depósito Córrego Paiol embasaram sugestões relativas à mineralização de ouro no TGGT (Cruz & Kuyumjian 2006). O presente trabalho apresenta uma síntese do conhecimento em relação às ocorrências de ouro do TGGT e resultados de estudo preliminar em inclusões fl uidas de veios de quartzo auríferos encaixados em anfi bolito, formação ferrífera e biotita granito.…”