Gentrifying Genealogy: On the Genesis of the Athenian Autochthony Myth

A recusa da interação: um ensaio historiográfico sobre etnocentrismo e racismo na Grécia Antiga

“…11 Blok (2009a) discusses part of the same sources as Lape on autochthony, but comes to different conclusions, denying that this myth stresses racial pureness. Pelling (2009) analyses this topic in Herodotus and Thucydides, highlighting how the myth was ambiguous and elastic, being used with different meanings depending on the discursive genre.…”

Avant-propos

“…As a statement about the past, this belief served foremost to substantiate precise political interests in the present: when peoples declared themselves "autochthonous", this implied that a core of the population had remained the same over time; therefore its living members could assert their identity and uphold any interests based on this view of the past against the "newcomers". 13 In this context the arrival of Cadmus opens interesting questions on his function as grounder of the Theban autochthony despite his foreign origins. 14 Ideal counterparts of Cadmus are the Boeotian twins Amphion and Zethus, who gain the power on Thebes, erect its walls, and give it its current name.…”

On trial with lonely Medea

“…Não é, porém, objetivo deste estudo discutir em pormenor o Delfim F. Leão, 'Com Medeia solitária no banco dos réus ' , p. 167-198 nº 22, Jan.-Apr. 2018 177 desenvolvimento deste conceito entre os Atenienses e a forma como pode ser relacionado com a democracia ateniense e os conceitos de inclusão e de exclusão, temas a propósito dos quais já muito se tem refletido (sobre o tema da autoctonia e da cidadania, vide Loraux, 1984, p. 35-73;Rosivach, 1987;Todd, 1995, p. 170-171;Bearzot, 2007;Blok, 2009; sobre a ideia da cidadania e do direito de propriedade respeitante ao solo ático, vide Leão, 2010 e, para uma análise do Íon de Eurípides à luz dessa problemática, Leão, 2012). De momento, basta salientar o princípio de que a residência em território ático não garantia, por si só, a nenhum estrangeiro -mesmo sendo grego e oriundo de outra pólis -o direito de cidadania ateniense, nem mesmo quando essa residência se estendia já por várias gerações.…”

“…Têm, no entanto, sido aventadas várias outras hipóteses explicativas: o desejo de preservar a pureza racial, o receio de que, a manter-se a prática existente, as cidadãs atenienses das melhores famílias poderiam ficar sem partidos dignos da sua posição, ou ainda a preocupação de desencorajar os aristocratas de estabelecerem alianças com cidadãos de outras póleis ou inclusive o propósito de impedir que os proventos do império fossem distribuídos por demasiadas pessoas (a título de exemplo, vide Stadter, 1989, p. 334-335;Rhodes, 1981, ad loc. ;Boegehold, 1994;Papageorgiou, 1997;Blok, 2009 Em termos históricos, o primeiro e mais significativo exemplo de atribuição de cidadania a estrangeiros decorre da atividade legislativa de Sólon, em passo muito debatido na biografia que Plutarco dedica ao reformador ático (Sol. 24.4): Παρέχει δ' ἀπορίαν καὶ ὁ τῶν δημοποιήτων νόμος, ὅτι γενέσθαι πολίτας οὐ δίδωσι πλὴν τοῖς φεύγουσιν ἀειφυγίᾳ τὴν ἑαυτῶν ἢ πανεστίοις Ἀθήναζε μετοικιζομένοις ἐπὶ τέχνῃ.…”