Gênero e formação em Psicologia: sentidos atribuídos por estudantes à saúde do homem

Abstract

<p>Apresenta-se uma pesquisa qualitativa desenvolvida por meio de um grupo<br />focal com graduandos em Psicologia, visando a conhecer os sentidos que<br />eles atribuem à relação entre gênero e saúde, em especial à saúde do homem.<br />A pesquisa se apoiou nas teorias de gênero e nos estudos sobre a formação<br />em Psicologia, em interlocução com o campo da saúde coletiva. Os<br />resultados revelam que os sentidos enunciados pelos sujeitos se encontram<br />marcados pelos modos de produção da existência, especialmente por suas<br />experiências no trabalho e na família, refletindo na maneira como eles<br />percebem a vinculação dos homens às ações e práticas de saúde. Defende-se<br />a incorporação da temática de gênero e saúde na formação em Psicologia, em<br />uma perspectiva crítica e propositiva, e não meramente cognitiva, levandose<br />em consideração os princípios do Sistema Único de Saúde.</p>

The health category in studies of masculinities in Brazilian psychology

“…This statement was frequently repeated throughout the documentary corpus gathered here. in addition to other studies in the area (Alves, Silva, Ernesto, Lima and Souza, 2011;Martins, Abade and Afonso, 2016;Martins, Almeida and Modena, 2013;Martins, Gazzinelli, Schall and Modena, 201). However, in addition to the inability to fully satisfy the needs of men, we identify another important argument in this quote: "It must be considered that it is not about the absence of male demand, but rather, because we will present their needs differently from women and from a way in which health professionals are unfamiliar... " (Martins et al, 2013, pp.…”

“…The femininization of Health appears in the corpus as a specialization of two health services and professionals who will attend only women, children and the elderly. When interviewing psychology students in a focus group, Martins et al (2016) say, for example, that:…”

“…Men, having in view their representation linked to productive work and invulnerability, would not find in the organizational field the same social authorization to be absent from their work activities, in the same way as they do the women. (Martins et al, 2016, p. 174) The affirmation of a "social pact", reinforcing gender stereotypes, making men invisible and favoring women, finds an echo in the studied literature (Alves et al, 2011;Borges & Seidl, 2012Martins et al, 2016). This femininization of health would not happen as an intentional project, but rather recreating gender stereotypes that see women as vulnerable and in need of help and men as strong and invincible.…”