In this paper we study the syntax of clitic-placement in Portuguese authors born from 1542 to 1836, as regards their patterns of clitic pronouns placement. The motivation for the research was to enquire: what is the pattern of enclisis (V-cl) and proclisis (cl-V) variation in those texts; is it indicative of linguistic change; if so, when in the timeline can the change be located? Drawing from the emprical results, we analyse the syntax of clitic placement in those texts as representative of a grammatical change which should be located in the first half of the 18th century. Our empirical arguments and structural analysis sustain that in texts up to the 18th century, enclisis is strictly a Verb-First phenomenon (even so, we will argue, in constructions that are supperficially non-verb initial). We sustain that the effects of this syntax in clitic placement ceases to be noticed for texts written by authors born after 1700.1 This predominance was shown by several studies; among others, cf. Lobo, 1992, Ribeiro, 1995 Our results, cf. Figure 1 to come, point to an even stronger contrast, since we find proclisis in 98% of the cases. The discrepancy with Britto's study is due to some differences in the set of phenomena considered. 3 It must be noted that we depart from these analyses not only because we have much more data at our disposal, but also because we adopt the view defended by Kroch (1989) that when two forms compete along the time, the grammatical change should be located not at the end of this competition, but at its beginning; cf. Final Remarks.
ResumoCom a mudança ocorrida no curso da epidemia de Aids a partir dos anos 1990, marcada pelo aumento da incidência entre segmentos fora dos "grupos de risco", entre eles as mulheres, o conceito de risco individual foi substituído pela noção de vulnerabilidade social, abrangendo questões relacionadas ao comportamento coletivo, como as relações de gênero, além das ações do Estado voltadas para essas questões. Este artigo relata os achados de uma pesquisa de corte qualitativo realizada com mulheres adultas, vivendo relações conjugais estáveis, moradoras de bairro considerado de baixa renda, na periferia de Teresina. Para isso, buscou-se identificar a vulnerabilidade desse grupo à infecção pelo HIV, em função da utilização ou não de preservativo, bem como a relação desse aspecto com as relações de gênero vivenciadas pelos parceiros e o papel do Programa Saúde da Família nesse contexto. Verificou-se que a maioria das mulheres não faz uso contínuo do preservativo, por estar vivendo relação estável com parceiro fixo; entretanto, considera-se vulnerável, pois não tem absoluta confiança no comportamento sexual do parceiro. A negociação com o parceiro sobre o uso do preservativo é quase sempre difícil, e, por vezes, requer a alegação de que representa segurança para se evitar uma gravidez indesejada. Rassalta-se que o Programa Saúde da Família não incorpora a discussão sobre sexualidade e relações de gênero ao trabalho de educação em saúde da mulher por estar centrado no acompanhamento pré-natal e na redução do câncer ginecológico. Palavras-chave: Gênero e saúde; Saúde da mulher; HIV/ Aids.
Resumo: O processo de aproximação entre o campo filológico e o campo computacional nos estudos históricos da língua portuguesa, observado desde os anos 1990, configura hoje um horizonte em franca expansão, tornando oportunas as reflexões sobre as transformações produzidas pelo o tratamento computacional na tradição do trabalho filológico e linguísti-co. Este artigo se propõe a uma reflexão nesse sentido, partindo da exploração detalhada da tecnologia de codificação de textos usada no Corpus Anotado do Português Histórico Tycho Brahe, buscando examinar as diferentes combinações de procedimentos filológicos, linguísticos e computacionais envolvidos em sua construção, e discutindo as implicações metodológicas desses procedimentos. Abordamos os corpora eletrônico anotados não como coleções 'de' textos, mas sim como bancos de dados 'sobre' textos, que englobam diferentes camadas de representação sobre sua linguagem e sobre sua materialidade. Essa abordagem nos permite vislumbrar as especificidades do trabalho em ambiente digital no campo da filologia e da linguística histórica, e sugerir alguns caminhos para o debate sobre os desafios e perspectivas que se abrem para esse campo a partir dos projetos pioneiros que descrevemos.
RESUMO: O artigo sugere que a difusão digital inscreve uma materialidade absolutamente nova para o texto, já que, nela, o texto se forma com a participação conjunta entre a lógica artificial e a lógica natural, formando um documento "descorporificado". Defende-se a "descorporificação" como propriedade conceitual fundante do texto digital, propondo-se uma reflexão quanto à produção e circulação do texto em função dessa propriedade descorporificada, e apontandose, na dimensão material completa do texto digital, a superfície tecnológica de uma revolução em nossa sociedade de saber. PALAVRAS-CHAVE: Cultura digital. Difusão digital do texto. Texto digital. Codificação de texto. Codificação de caracteres.ABSTRACT: The paper suggests that digital diffusion inscribes an absolutely novel materiality for the text. Digital text is formed by the joined participation of artificial and natural logic, forming a disembodied document. "Disembodiment" is taken here as the founding conceptual property of digital texts, and it is as a determination of this property that a discussion on digital texts production and diffusion is suggested in the paper. The complete material dimension of digital texts is viewed, here, as the technological surface of a revolution in our society of knowledge.
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