INTRODUÇÃOEste trabalho pretende fazer uma a morfologia derivacional de base gerativa poderia contribuir para o ensino nos níveis fundamental e médio. Tendo em vista os problemas que as gramáticas tradicionais apresentam quando tratam desse assunto, entendemos que uma proposta gerativa poderia contribuir para tornar o ensino de morfologia derivacional descritivamente mais acurado do ponto de vista sincrônico e mais atraente para os alunos do ensino fundamental e médio. Para isso, pretendemos fazer uma exposição dos principais problemas que encontramos no ensino de morfologia em textos tradicionais, assim como oferecer um panorama da gramática gerativa, principalmente no tocante aos estudos de morfologia derivacional.
COMO AS GRAMÁTICAS TRADICIONAIS BRASILEIRASTRATAM A MORFOLOGIA DERIVACIONAL Segundo Rocha (1999), as gramáticas tradicionais brasileiras sofrem com o peso da tradição, dando ênfase à contribuição grecolatina ao idioma. São apresentadas listas de prefixos, radicais e sufixos, com seus significados, sem a preocupação de se saber se o falante nativo reconhece aqueles elementos como formadores de palavras no português atual, ou mesmo se reconhece seus significados nas palavras em que aparecem.Maia (2000), por exemplo, apresenta, como formador de diminutivo, o altamente produtivo sufixo -inho/-inha e suas variantes -zinho/-zinha, ao lado de sufixos que aparecem em pouquíssimos itens lexicais, muitos dos quais desconhecidos pelos falantes: -acho (em "lobacho", diminutivo de "lobo"), -ucho(a) (diminutivo formador de "papelucho" e "casucha"). Pode-se dizer que, no português atual do Brasil, estes dois últimos sufixos não têm qualquer produti-