Fragilidade na formação dos profissionais de saúde quanto à Língua Brasileira de Sinais: reflexo na atenção à saúde dos surdos

Abstract

RESUMO Objetivos Identificar como é a formação de profissionais da saúde quanto à Língua Brasileira de Sinais (Libras). Métodos Trata-se de estudo descritivo e transversal, desenvolvido com dados secundários, coletados no banco de dados eletrônico do Ministério da Educação. Foram analisados a grade curricular e o projeto pedagógico de todos os cursos de graduação na área da saúde em Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, procurando-se identificar e caracterizar a disciplina de Libras. Resultados Foram localizados 5317 cursos e, destes, 2293 (43,1%) ofereciam disciplina de Libras, sendo 16,7% como disciplina obrigatória e a maioria (83,3%) como optativa. Em relação ao período ofertado, não houve um padrão, variando desde o primeiro até o décimo. Quanto à carga horária destinada à disciplina, dentre os 2077 cursos que disponibilizavam essa informação, 11,1% ofertavam a disciplina com carga horária de até 20 horas, 49,4% com carga horária entre 21 e 40 horas, 29,9% entre 41 e 60 horas, 9,1% entre 61 e 80 horas. Apenas 0,5% dos cursos destinavam mais que 80 horas para o ensino de Libras. Em média, os cursos de graduação em IES públicas (N=217) dedicavam 53,1 horas ao ensino de Libras, enquanto os cursos de IES privadas (N=1860) dedicavam 45,8 horas. Conclusão Há evidências de fragilidade na formação dos profissionais de saúde quanto ao ensino da Libras, o que reflete diretamente no atendimento integral dos surdos.

Effective communication as a way of inclusion in the care for hearing impaired persons

“…Essa impossibilidade proporciona a insatisfação profissional, sendo fundamental que as instituições de saúde ofereçam capacitação em Libras para os profissionais, para interpretação e comunicação com os deficientes auditivos, visando a melhora de todo esse contexto e a inclusão adequada dessa população aos serviços de saúde. Mazzu-Nascimento et al (2020), acreditam que grande parte desse despreparo e dificuldade na comunicação entre os profissionais de saúde e as pessoas surdas, se encontra na fragilidade da formação dos profissionais quanto a Língua Brasileira de Sinais. Em seu estudo, foram identificados 5317 cursos de graduação na área da saúde nas IES brasileiras distribuídas nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.…”

Development of Mobile <i>Apps</i> for Deaf Patients by Nursing Students: Let’s Consider the Difficulties through Deaf’s Perspective

“…Therefore, many healthcare students graduate without having had previous contact with Libras. Such fragility on healthcare education regarding Libras results in communication issues between professionals and the deaf community (Brazil, 2005;Mazzu-Nascimento et al, 2020). In this way, it is important to highlight the importance of nursing students having contact with these barriers and cultural diversities during their academic route, especially at the very beginning, in order to notice their difficulties regarding the inclusion of deaf people in healthcare treatment as well as the access of healthcare information.…”

Ensino da Língua Brasileira de Sinais nos cursos de Odontologia: análise da composição curricular das instituições públicas do Brasil

“…Nesse contexto, observa-se que a formação dos acadêmicos de Odontologia deve considerar as necessidades de todos os indivíduos. Portanto, é fundamental que a grade curricular esteja integrada à realidade epidemiológica e profissional da região e do país, contemplando os diversos tipos de deficiências que os pacientes possam apresentar (Mazzu-Nascimento et al, 2020).…”