Fragilidade Ambiental aplicada em área de manancial no Nordeste brasileiro

Abstract

O nordeste brasileiro é bastante afetado pela escassez hídrica proporcionada principalmente pelas características climáticas desfavoráveis. Devido a recente crise, entre 2010 e 2017, dezenas de cidades do semiárido enfrentaram sérios problemas que expôs a fragilidade dos atuais sistemas de abastecimento. Os estudos ambientais em mananciais de abastecimento são necessários para o planejamento territorial e a identificação das vulnerabilidades a processos de degradação, visando adequar às necessidades humanas à viabilidade ambiental. O objetivo deste trabalho consiste em mapear a Fragilidade Ambiental à erosão do Sistema Lacustre Bonfim, um conjunto de lagoas responsável pelo fornecimento de água à região Agreste do Rio Grande do Norte (RN). Foi utilizada a Fragilidade Ambiental em Sistemas de Informação Geográfica (SIG) com emprego da Análise Multicritério e Lógica Fuzzy, para integrar os atributos geoambientais a fim de verificar as relações entre processos erosivos de morfogênese e pedogênese associados ao assoreamento da região lacustre do manancial. 44,15 km² (61,15% da área) apresentou grau de Fragilidade Ambiental Médio, Forte e Muito Forte, indicando a necessidade de atenção com relação principalmente à regulamentos do uso do solo, dada a existência de atividades com alto poder de degradação em consonância com zonas com graus de fragilidade considerável.

Determinação de áreas vulneráveis à erosão e prioritárias à recuperação da bacia hidrográfica do Rio Potengi – RN

“…The landscape assessment process presupposes knowledge of the environmental dynamics of the region, involving land use and occupation, urban expansion, soil characteristics, topography, vegetation, geology, and climate. These factors can favor erosive processes and their consequences on the quantity and quality of water (Paiva et al, 2022).…”

Vulnerabilidade ambiental em Áreas de Preservação Permanente (APP) da Bacia Hidrográfica do Rio Potengi, RN, Brasil

“…Globalmente, o termo vulnerabilidade ambiental pode ser compreendido como susceptibilidade de determinado sistema ambiental de sofrer modificações (APS et al, 2018;ZHAO et al, 2018). Diversos autores desenvolveram trabalhos na temática de vulnerabilidade ambiental à perda de solo (SOUZA et al, 2020;BACANI, 2017), seja a partir de adaptação da proposta elaborada por Crepani et al (2001) ou união com outras metodologias para fragilidade ambiental (ROSS, 1994;SPÖRL;ROSS, 2004) como utilizada por Paiva et al, 2022. A metodologia adotada para este trabalho foi elaborada por Crepani et al (2001), pensada originalmente para subsidiar o Zoneamento Ecológico Econômico da Amazônia, a partir da elaboração de mapas de vulnerabilidade natural à perda de solo através de análise multicritério.…”

Caracterização física e suscetibilidade aos processos erosivos do município de Ilhéus-Bahia

“…Esse trabalho permite orientar as atividades a serem desenvolvidas por conhecer as fragilidades e potencialidades ambientais da área de estudo. Lobo de Paiva et al (2022) explica que a potencialidade ambiental envolve recursos ou serviços ambientais, em relação aos componentes do solo, relevo, rochas, minerais, águas, clima, flora e fauna. Já a fragilidade pode ser representada pela suscetibilidade das características intrínsecas do ambiente que ao sofrerem alterações negativas, devem ser avaliadas de forma integrada.…”