FONSECA, Rubem. Calibre 22. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

Abstract

FONSECA, Rubem. Calibre 22. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

A evolução histórica do federalismo brasileiro e a centralização na figura da União pós-1988

“…De outro lado, sua adversária, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), organizada a partir de janeiro de 1935, aglutinava comunistas, sindicalistas e os setores da esquerda do tenentismo. Seu programa era centrado no antiimperialismo, no antifascismo e na luta contra os interesses latifundiários, contemplando a suspensão do pagamento da dívida externa, a nacionalização de empresas estrangeiras, a reforma agrária, a garantia das liberdades populares e a constituição de um governo popular (PENNA, 1999).…”

“…Lincoln Penna (1999) fala em cinquenta mil aliancistas inscritos só no Rio de Janeiro e mais de mil e quinhentos núcleos de militantes e simpatizantes.…”

Cavaleiro das armas escuras: análise psicolinguística da capacidade persuasiva de Adolf Hitler em uma de suas prédicas políticas

“…Considerado quase que unanimemente como uma das mais cruéis personalidades que grifaram a história do mundo, Hitler nasceu na Áustria, na cidade de Braunau am Inn, no dia 20 de abril de 1889, e se mudou para a Alemanha em 1913 (Hitler..., 1977). Apesar do grande desejo de ser pintor, foi reprovado no exame de admissão (Hitler, 2005), e tal frustração terminou por o direcionar à vida política, vindo a servir como líder do Partido Nazista, de 1934 até 1945 (Hitler..., 1977). Fora um persuasivo orador desde a mocidade, conforme expôs em sua autobiografia: "Eu creio que já nessa época meu talento verbal se adestrava nas discussões com os camaradas (...) eu me entusiasmava cada vez mais por tudo que, de qualquer modo, se relacionasse com guerra ou com a vida militar" (Hitler, 2005, p. 11).…”

“…Hitler, apesar de perverso, discursava falsamente, usando suas características linguísticas peculiares em acordo aos Thaís Hadassa Ferraz Ataídes Viviane Faria Lopes Geografia, Literatura e Arte, v.4, n.2, p.175-195, jan.2024DOI: 10.11606/issn.2594-9632.geoliterart.2024 189 acontecimentos políticos que seu país vivia, moldando uma capacidade comunicativa que transmitia a imagem egrégia de libertador, de salvador (Hitler..., 1977). Possuidor de um magnetismo pessoal, bem como de um entendimento a respeito de psicologia das multidões (Hitler, 2005), sabia como e o que falar para conquistar (Karshaw, 2008).…”

“…Transgredindo leis que balizam a moral de uma sociedade, líderes marcados por esse transtorno transgressor delineiam ideologias para que suas próprias vontades passem a ser verdades absolutas, conseguindo promover uma manipulação massiva (Bellenger, 1987). Hitler, por sua vez, tinha consciência da capacidade manipuladora que possuía, apesar de sua crueldade psicopática regrar-se em crenças que realmente sustentava, conforme declara em sua autobiografia (Hitler, 2005), o que, para tanto, é ainda maior indicativo de sua disfunção mental (Raine, 2015).…”