Introdução: a qualidade de vida (QV) é um resultado importante para programas de reabilitação física e tem sido usada principalmente para comparar a eficácia de intervenções ou para comparar amputados com outras populações. Objetivo: avaliar a percepção e a QV de amputados de membros inferiores submetidos à reabilitação fisioterapêutica. Método: trata-se de um estudo quantitativo com 20 pacientes amputados de membros inferiores. Foi realizada a identificação do paciente, coletado informação sobre a amputação, avaliada a QV por meio do WHOQOL-BREF, bem como, a percepção da amputação por meio de um questionário. Foi realizado estatística descritiva. Resultados: a maioria era do sexo masculino (65%) e com etiologia traumática (60%). Os níveis de amputação mais presentes foram transfemural médio (30%) e transtibial médio (30%). Apenas 55% dos amputados possuíam prótese e 95% dos amputados eram independentes na alimentação, higiene oral e na transferência da cadeira de rodas para o vaso sanitário. Em relação à percepção da amputação, 30% não acharam que sua amputação gera desconforto nas outras pessoas, porém relatam que sua amputação muda à forma com que os outros o tratam. Além disso, 65% afirmaram que sua amputação é um empecilho para a realização de alguma atividade e 60% relataram que sua amputação o torna dependente de alguém. Em relação à qualidade de vida, relataram uma qualidade de vida nem ruim/nem boa nos domínios físico (70%) e no psicológico (50%). Além disso, a maioria relata uma qualidade de vida boa nos domínios de relações sociais (70%) e meio ambiente (65%). Conclusão: a fisioterapia tanto pré como pós protetização é fundamental para tornar o amputado independente como também seguro nas suas relações diárias e que as percepções negativas que o amputado pode ter em relação a sua amputação pode afetar diretamente a QV do mesmo.