“…Assim, é necessário considerar tantos fatores exógenos (regulamentação, alterações climáticas, turismo, políticas culturais), como fatores endógenos à própria arte (aleatoriedade das capturas, envelhecimento dos pescadores, comercialização, aumento dos custos com a atualização das embarcações, a gestão e a transmissão dos saberes tradicionais). Isto é, será importante considerar a relevância das interações culturais e socioambientais, como por exemplo o papel dos conhecimentos locais ecológicos e tradicionais dos pescadores na coprodução dos serviços dos ecossistemas marinhos (Farr et al, 2018;Outeiro et al, 2017;Rodrigues et al, 2017), bem como na preservação dos recursos naturais e da atividade piscatória artesanal (Loto et al, 2019;Pita et al, 2016). Mas, também, as características socioeconómicas das comunidades piscatórias e as relações que criam com o contexto socioecológico envolvente.…”