Explorando o conceito das fórmulas afetivas de Aby Warburg, este trabalho acompanha o processo de inversão das velhas formas melodramáticas que se apresenta na montagem carioca de 1988 de A Maldição do Vale Negro, texto de Caio Fernando Abreu e Luiz Arthur Nunes. Pela perspectiva da recepção da peça, o artigo busca também situar este mecanismo, e o próprio espetáculo, no contexto do teatro carioca, que se reformulava diante de um novo cenário cultural de universalização das telenovelas e de seu estilo naturalista de atuação.