Female sex workers and the excessive consumption of alcohol

Abstract

A prostituição é considerada uma das profissões mais antigas existentes, porém ainda é muito discriminada (por motivos como promiscuidade, pecado e ameaça à saúde) e apresenta fatores de risco, dentre eles, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. O objetivo desta pesquisa foi investigar o consumo de álcool por profissionais do sexo feminino, indagando sobre os principais fatores ambientais envolvidos, a trajetória de vida e relações sociais das profissionais. Foram realizadas entrevistas com seis participantes, todas profissionais do sexo numa cidade do Triângulo Mineiro/MG. Os principais resultados apontam que o ambiente de trabalho e o elevado consumo de bebidas alcoólicas pelas profissionais do sexo estão relacionados à comissão que elas recebem por este consumo, porém com consequências para a própria saúde que nem sempre são reconhecidos. Além disso, as participantes dissociam suas identidades entre a do mundo do trabalho e das demais relações sociais como estratégia de enfrentamento das dificuldades no mundo do trabalho

Relações de gênero e trabalho das mulheres na Cadernos de Psicologia Social e do Trabalho: um balanço de suas duas primeiras décadas (1998-2018)

“…Por via de regra, os artigos fazem uma comparação, destacando as diferenças, implicações e percepções de mulheres e homens. Essas desigualdades se expressam em uma diversidade de temas, como: processo saúde-doença (Poldi et al, 2011), atribuição de sentidos (Diogo & Maheirie, 2008), identidades (Garcia et al, 2010), precarização (Oliveira-Monteiro et al, 2016Ribeiro et al, 2012), trabalho sexual (Bonifácio & Tilio, 2016;Silva et al, 2018) e trabalho infantil (Alberto et al, 2009).…”

Prevalência Da Sífilis Ativa Entre Mulheres Trabalhadoras Do Sexo Do Recife -Pernambuco

“…As mulheres trabalhadoras do sexo (MTS) são expostas a riscos advindos de situações sociais excludentes, como problemas socioeconômicos, ausência de emprego no mercado formal, baixo nível de escolaridade, violência doméstica e falta de suporte familiar, e buscam na prostituição uma alternativa de sobrevivência (BONIFÁCIO; TILIO, 2016). A esses riscos, somam-se àqueles inerentes ao próprio tipo de ofício, como ambiente de trabalho inseguro, vulnerabilidade a diferentes tipos de violência (sexual, psicológica, verbal e física), consumo abusivo de drogas lícitas e ilícitas e às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), sobretudo a infecção pelo HIV e sífilis adquirida (LEAL et al, 2017).…”