Fazendo ou Desfazendo a União Europeia enquanto Potência Global: Uma Análise sobre Potenciais Impactos da Turquia na Política Externa e de Segurança Comum do Bloco
Abstract:Este artigo tem como objetivo desafiar a lógica binária que permeia a discussão sobre o impacto da adesão da Turquia na Política Externa e de Segurança Comum (PESC) da União Europeia (UE). Será defendido que qualquer análise sobre o impacto da adesão turca no papel da UE enquanto ator internacional precisa levar em consideração as divisões existentes dentro da Europa e dentro da Turquia no que diz respeito a discursos e práticas de segurança.
“…(Leite 2014). Para a UE, como potência humanitária (Sandrin 2015), o respeito pelos Direitos Humanos passou a constituir um critério de condicionalidade na atribuição de vantagens no âmbito da cooperação internacional e associado ao papel da União Europeia como ator global através da promoção da democracia e dos direitos humanos no mundo (Meissner, Portela 2022). Tendo na sua génese a edificação da paz, a UE não desenvolveu uma capacidade institucional na dimensão política e de segurança a nível externo (Leite 2013;Magalhães 2016).…”
The genesis of the European Union (EU) is focused on the regional integration purpose which aims to assure peace. Although various impulses have been introduced in order to establish a collective external policy, this one was confronted with somewhat diverging national perspectives. As the EU shares common values in the issues of democracy, human rights and state of law, it is recognized as an essentially humanitarian power that uses soft power tools in its external relations. The application of restrictive measures such as restrictions concerning political and diplomatic nature, admission and circulation, and trade and financial nature, has been used with the goal of changing behaviours or policies of states, entities or individuals who break the principles of international or humanitarian law. The paper aims to articulate the EU sanction regimes, as a result of a gradual legal framework that reached the EU Global Regime of Sanctions in Human Rights, with the adoption of strategic action plans in human rights and democracy.
“…(Leite 2014). Para a UE, como potência humanitária (Sandrin 2015), o respeito pelos Direitos Humanos passou a constituir um critério de condicionalidade na atribuição de vantagens no âmbito da cooperação internacional e associado ao papel da União Europeia como ator global através da promoção da democracia e dos direitos humanos no mundo (Meissner, Portela 2022). Tendo na sua génese a edificação da paz, a UE não desenvolveu uma capacidade institucional na dimensão política e de segurança a nível externo (Leite 2013;Magalhães 2016).…”
The genesis of the European Union (EU) is focused on the regional integration purpose which aims to assure peace. Although various impulses have been introduced in order to establish a collective external policy, this one was confronted with somewhat diverging national perspectives. As the EU shares common values in the issues of democracy, human rights and state of law, it is recognized as an essentially humanitarian power that uses soft power tools in its external relations. The application of restrictive measures such as restrictions concerning political and diplomatic nature, admission and circulation, and trade and financial nature, has been used with the goal of changing behaviours or policies of states, entities or individuals who break the principles of international or humanitarian law. The paper aims to articulate the EU sanction regimes, as a result of a gradual legal framework that reached the EU Global Regime of Sanctions in Human Rights, with the adoption of strategic action plans in human rights and democracy.
“…Nilufer Narlı e Leonardo Nelmy Trevisani (2016) dedicam-se às questões militares. Segâh Tekin (2016), Ekrem Eddy Güzeldere (2018) e Paula Sandrin (2015;2014) debruçam-se sobre a política externa turca e também sobre suas relações com o Brasil e a União Europeia. Monique Sochaczewski (2018), por sua vez, traz a perspectiva histórica do Império Otomano à Turquia Contemporânea.…”
Resumo O artigo propõe uma discussão sobre as imbricações entre gênero e nação na Turquia, analisando como diferentes projetos de nação mobilizam questões de gênero e produzem discursos acerca de feminilidades e masculinidades que influenciam políticas de gênero no país. Argumentamos que dicotomias rígidas entre projetos ditos ‘progressistas’ ou ‘atrasados’ não se sustentam, dado que as premissas de que corpos e comportamentos de mulheres devem ser regulados e que a restrição de liberdades e direitos pode ser justificada em nome da (des)igualdade de gênero e da (ausência ou excesso de) liberdade sexual são amplamente compartilhadas no país.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.