Fatores intervenientes na adesão à amamentação na primeira hora de vida: revisão integrativa

Abstract

Objetivo: Analisar evidências científicas na área da saúde sobre os fatores intervenientes na amamentação do recém-nascido na primeira hora de vida no ambiente hospitalar. Método: Revisão integrativa da literatura realizada em agosto de 2020 em seis recursos informacionais. Resultados: Foram identificadas 282 referências, das quais, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 28 foram selecionadas para a síntese qualitativa, constatando-se que fatores multidimensionais interferem na adesão à amamentação na primeira hora de vida. Conclusão: Essa prática é influenciada por fatores maternos e neonatais e pelas práticas institucionais e profissionais instituídas no pré-natal, parto e puerpério. Reconhecer esses fatores é essencial para favorecer reflexões e mudanças nas práticas assistenciais e gerenciais em saúde, vislumbrando melhorias nas taxas de amamentação na primeira hora de vida e do aleitamento materno exclusivo e na redução da morbimortalidade infantil.

Assistência Do Enfermeiro Na Qualidade Da Amamentação De Primíparas No Alojamento Conjunto

“…Outro fator determinante no processo de amamentação, é a via de parto, visto que, o contato com o seio materno precoce esteve associado ao tipo de parto; os achados apontaram que o parto vaginal é um fator de defesa à amamentação na primeira hora de vida do recém-nascido. No entanto, evidências também indicam que o tipo de parto causa o atraso no início da amamentação, sendo assim, o parto cesariano se relaciona ao desmame precoce e ao menor tempo de aleitamento materno exclusivo (TERRA et al, 2020;LEDO et al, 2021). Pitilin et al (2019), afirma que a eficácia da amamentação está relacionada aos tipos de mamilo, um fator facilitador ou não, sendo que o mamilo protuso quando comparado com o mamilo não protuso causa uma diferença significativa a prática do aleitamento materno.…”

“…Além da protusão mamilar, existem outros fatores associados com a autoeficácia da amamentação, como: a intenção de amamentar, o tempo até o início da prática, as experiências já vivenciadas com o processo e a preparação da rede de apoio, que é constituída pelo parceiro, familiares e os profissionais de saúde. Alguns fatores interferem de forma negativa ao processo de amamentação como a separação da mãe/bebê no alojamento conjunto para realização dos cuidados imediatos como: profilaxia oftálmica neonatal, administração de vitamina k, e exame físico a não permanência no alojamento conjunto gera sentimentos no RN com níveis elevados de estresse, choro e diminui a eficácia e duração do tempo de amamentação (TERRA et al, 2020).…”

“…As dificuldades relacionadas com a posição do RN e a oferta de métodos artificiais como: chupetas e mamadeiras, ocasiona a confusão de bicos, há ainda questões culturais, emocionais e doenças infectocontagiosas, que são encontradas pelas nutrizes Terra et al (2020) afirma que os serviços prestados nas maternidades e a capacitação dos profissionais de saúde, estão atrelados ao sucesso ou não da amamentação. É fato que a equipe enfatiza a importância da amamentação, porém as dificuldades encontradas como: as divergências de opinião, a falta de conhecimento dos profissionais da saúde, a sobrecarga da grande quantidade de partos, a quantidade insuficiente de profissionais de enfermagem, políticas de horários de visitas causando a falta de privacidade a assistência fragmentada voltada somente para cumprir as tarefas do dia -dia, são desafios para uma melhor assistência a amamentação e para que as mães comecem a amamentar.…”

“…De acordo comTerra et al (2020), um fator determinante, para o sucesso do aleitamento materno e que contribui expressivamente para o início precoce da amamentação, é o contato pele a pele ainda na sala de parto, imediatamente após o nascimento Castro et al, (2019),. relata, sob o mesmo ponto de vista, incentivos sensórios através do contato pele a pele, do cheiro e dos barulhos, que contribui para o vínculo entre mãe e bebê.…”

“…Terra et al (2020), identificaram nos estudos que as mães que participaram das consultas de pré-natal e tiveram números relativos de consultas e orientação do profissional de saúde obtiveram maior adesão ao aleitamento, enquanto as que não aderiram as consultas pré-natal ou não foram acompanhadas pelo profissional de saúde tiveram menor adesão no ato de amamentar.Sendo assim, o Alojamento Conjunto caracteriza-se como um importante local de continuidade das ações que estavam sendo desenvolvidas no período pré-natal, no qual o principal enfoque assistencial está na educação e orientação à saúde, para que as puérperas adquiram segurança e tranquilidade ao assumir seu papel de mãe.…”