Fatores de risco e possibilidades terapêuticas para a Síndrome dos Ovários Policísticos

Abstract

Objetivo: Ressaltar e revisar os principais fatores de risco para a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e explorar os métodos terapêuticos capazes de promover uma melhora na qualidade de vida das pacientes. Revisão bibliográfica: É possível verificar a abordagem das suas principais alterações fisiopatológicas, sendo a hipersecreção de LH patognomônica da doença e, em consequência, o aumento de hormônios androgênicos. A obesidade, o desequilíbrio hormonal, o aparecimento precoce de pelos e o baixo peso em recém-nascidos e o processo de resistência à insulina são descritos como alguns dos fatores predisponentes dessa patologia. A SOP cursa com manifestações clínicas variadas dos sistemas endócrino e ginecológico, podendo se somar a sinais e sintomas do sistema cardíaco e psicológico. Sua terapêutica deve ser baseada na sintomatologia, conforme a individualidade de cada paciente, buscando benefícios na vida reprodutiva e mudança no estilo de vida para melhor promoção de saúde das pacientes. Considerações finais: O artigo conclui que a Mudança do Estilo de Vida (MEV), com a melhora da alimentação e a prática de exercícios físicos, é a base terapêutica para essa síndrome. Aliada ao MEV, a Metformina tem mostrado bons resultados nos transtornos menstruais e indução ovulatória, importante na vida reprodutiva dessas mulheres.

A abordagem dermatológica da Síndrome dos Ovários Policísticos: uma revisão bibliográfica

“…A combinação desses fatores afeta positivamente as consequências da SOP, sendo alcançada a redução dos níveis séricos de androgênios e a regularização do fluxo menstrual. Ademais, com a alimentação com baixo teor de açúcar e carboidratos, há atuação na resistência insulínica, síndrome metabólica e suas consequências (BESSA et al, 2022;PENA et al, 2022;RIBEIRO et al, 2022).…”

“…É importante orientar as pacientes que o uso correto dos ACO é para minimizar algumas das consequências da SOP, porém não trata a causa que os origina, uma vez que ao interromper seu uso, a sintomatologia pode retornar. Ademais, como há mulheres que apresentam contraindicações para a utilização de ACO, a alternativa é o uso de pílulas de progesterona isolada, sendo o acetato de ciproterona o mais indicado pela sua maior ação anti-androgênica (PENA et al, 2022;RIBEIRO et al, 2022).…”

“…Como opções terapêuticas complementares, tem-se destaque para o uso de laser ou de cremes depilatórios (RIBEIRO et al, 2022;NICOLAIDES et al, 2020;BARROS et al, 2020).…”

“…O intuito do tratamento medicamentoso e não medicamentoso é minimizar não somente as manifestações do hiperandrogenismo, mas também melhorar a qualidade de vida e o emocional das pacientes acometidas. A importância de compreender os aspectos dermatológicos envolvidos está relacionada a estabelecer um tratamento adequado e prevenir as complicações clínicas e psicológicas da síndrome (RIBEIRO et al, 2022).…”

“…Ademais, é importante salientar que se o diagnóstico da SOP for realizado na fase de adolescência, deve-se realizar a confirmação da síndrome após oito anos do diagnóstico inicial, devido ao fato que nos meses iniciais da menarca ocorre ciclos menstruais anovulatórios Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 2, p. 6971-6981, mar./apr., 2023 e oligomenorreia. No entanto, é válido ressaltar que o reconhecimento de forma precoce é fundamental para instituir medidas de controle e minimizar a sintomatologia (TAVARES;BARROS, 2019;RIBEIRO et al, 2022).Dessa forma, por apresentar complexa interação entre sistemas do organismo e os hormônios, os diagnósticos diferenciais devem ser estabelecidos. As principais pressuposições são hipotireoidismo, Síndrome de Cushing, hiperplasia adrenal congênita e hiperprolactinemia.Para direcionar o raciocínio clínico, é preciso detalhar a anamnese e o exames físico, além de solicitar a propedêutica adequada para o quadro clínico apresentado, solicitando exames de imagem e laboratoriais, como dosagem de prolactina, dehidroepiandrosterona, Hormônio Tireoestimulante (TSH) e teste de gravidez(NICOLAIDES et al, 2020).…”