Fatores Contingenciais Da Gestão Ambiental Em Pequenas E Médias Empresas

Abstract

Este artigo pode ser copiado, distribuído, exibido, transmitido ou adaptado desde que citados, de forma clara e explícita, o nome da revista, a edição, o ano, e as páginas nas quais o artigo foi publicado originalmente, mas sem sugerir que a RAM endosse a reutilização do artigo. Esse termo de licenciamento deve ser explicitado para os casos de reutilização ou distribuição para terceiros. Não é permitido o uso para fins comerciais. PAULO SÉRGIO MARTINS Mestre em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (Eesc-USP).Avenida Trabalhador São Carlense, 400, Parque Arnold Schimidt, São Carlos -SP -Brasil -CEP 13566-590 E-mail: psmartins@usp.br EDMUNDO ESCRIVÃO FILHO Livre-docente em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (Eesc-USP). Professor associado da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.Avenida Trabalhador São Carlense, 400, Parque Arnold Schimidt, São Carlos -SP -Brasil -CEP 13566-590 E-mail: edesfi@sc.usp.br MARCELO SEIDO NAGANO Doutor em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (Eesc-USP). Professor doutor II da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.Avenida Trabalhador São Carlense, 400, Parque Arnold Schimidt, São Carlos -SP -Brasil -CEP 13566-590 E-mail: drnagano@usp.br • RAM, REV. ADM. MACKENZIE, 17(2) • SÃO PAULO, • ISSN 1518 • ISSN 1678-6971 (on-line) • http://dx.doi.org/10.1590/1678-69712016/administracao.v17n2p156-179. Submissão: 5 fev. 2013. Aceitação: 3 mar. 2015.Sistema de avaliação: às cegas dupla (double blind review). UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE. Silvio Popadiuk (Ed.), p. 156-179.• fatores contingenciais da gestão ambiental em pequenas e médias empresas •• RESUMOObjetivo: Apresentar uma sistematização das principais barreiras e facilitadores da implantação da gestão ambiental em pequenas e médias empresas encontradas na literatura, de forma a associar esses fatores contingenciais com as especificidades de gestão desse porte de empresas. Originalidade/lacuna/relevância/implicações: O artigo propõe que os fatores que influenciam a adoção de práticas ambientais pelas pequenas e médias empresas sejam investigados sob a perspectiva das características que diferenciam as empresas de menor porte das grandes organizações. Principais aspectos metodológicos: O método que fundamentou esta pesquisa e reflexão é caracterizado como pesquisa bibliográfica, e o artigo é um ensaio teó-rico sobre o tema da gestão ambiental em pequenas e médias empresas. Síntese dos principais resultados: Os resultados encontrados mostram, por um lado, que a maioria das especificidades das empresas de menor porte está relacionada ao surgimento de barreiras à gestão ambiental e, por outro, que ainda são poucos os fatores com potencial de facilitar o desenvolvimento de práticas ambientais nessas empresas. Principais considerações/conclusões: Os resultados mostraram os fatores internos das PMEs ligados a ge...

Práticas ambientais adotadas por microempreendedores da rede de oficinas automotivas no município de Corrente/PI

“…Segundo Gerhardt et al (2014) as normas da ISO 14000-2004 conceituam a gestão ambiental como um conjunto de medidas e procedimentos bem definidos que, se adequadamente aplicados, permitem reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente. Já para Martins et al (2016), a gestão ambiental corresponde ao conjunto de diretrizes e atividades administrativas e operacionais realizadas pela empresa para abordar problemas ambientais decorrentes da sua atuação ou para evitar que eles ocorram no futuro.…”

“…O que também não as reserva de adotarem práticas ambientais que contribuam para a melhoria do ambiente local. Conforme esclarecem Martins et al (2016), embora, individualmente, cada atividade das pequenas e médias empresas (PMEs) represente apenas uma micro parcela da poluição global, estima-se que o impacto coletivo delas no meio ambiente seja substancial, podendo, inclusive, superar a soma do impacto ambiental das grandes empresas.…”

“…Dessa maneira a gerência da organização pode incorporar práticas ambientais à sua gestão empresarial como ferramenta de desenvolvimento econômico, melhoria no ambiente de trabalho e qualidade de vida, conforme afirmam Eckert et al (2015) quando definem a gestão ambiental como o processo de alocação dos recursos naturais de modo a otimizar a sua utilização no atendimento de necessidades humanas básicas, se possível, por um período indeterminado e com o mínimo de impactos negativos ao meio ambiente. Martins et al (2016) afirmam que, considerada como nova função empresarial, a gestão ambiental possibilita que as empresas administrem adequadamente suas relações com o meio ambiente ao avaliarem e corrigirem danos ambientais do presente ou evitarem problemas futuros, e ao integrarem articuladamente todos os setores da empresa quanto aos imperativos ambientais.…”

“…Ou seja, trata-se de entender as estratégias ambientais das empresas em seu próprio contexto. É o que afirmam Martins et al (2016):…”

Aplicação da ferramenta de Análise de Ciclo de Vida (ACV) no processo de tratamento de efluentes em uma lavanderia de beneficiamento de jeans

“…As empresas cada vez mais são pressionadas a mudar a postura diante dos mercados competitivos e internalizarem em seus processos e procedimentos questões que garantam a sustentabilidade ambiental, Bankuti e Bankuti (2014) defendem que o desempenho ambiental deve ser discutido, não somente na competitividade econômica, mas também na competitividade ambiental, logo diversas práticas ambientais iniciaram-se a partir dessa necessidade de produzir sem agredir o meio ambiente, porém nem todas essas ações trazem uma visão detalhada dos impactos ambientais decorrentes da produção de bens e serviços e nem tão pouco tentam compatibilizar os benefícios ambientais com os ganhos da empresa. Diante da crescente preocupação em relação ao monitoramento dos impactos ambientais causados pelos desperdícios dos processos produtivos, o que pode acarretar em danos ao meio ambiente, Both e Fischer (2017) afirmam que é um grande desafio a geração do crescimento econômico, lucro e renda sem gerar a degradação do meio ambiente e esses impactos gerados pelas atividades podem ser mínimos ou de grandes proporções, a depender da atividade desempenhada na organização, Martins, Escrivao Filho, e Nagano (2016) explicam que as empresas de grande porte adotam ferramentas de gestão ambiental, a partir de uma visão estratégica, que buscam alcançar um melhor desempenho ambiental e econômico, porém as pequenas e médias empresas, devido a critérios específicos de gestão, não conseguem utilizar esses mecanismos de forma a minimizar os impactos ambientais. Conforme a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT) no ano de 2017 a indústria têxtil e de confecção Brasileira tem grande importância e destaque na economia mundial, sendo atualmente a "quinta maior indústria têxtil do mundo, o segundo maior produtor de denim e o terceiro na produção de malhas".…”