Fatores associados a não efetivação da alta na assistência domiciliar

Abstract

Resumo Objetivo Analisar os fatores associados a não efetivação da alta dos usuários assistidos no Serviço de Atenção Domiciliar para a Atenção Primária à Saúde. Métodos Estudo de delineamento transversal realizado no Serviço de Atenção Domiciliar da região metropolitana do Estado de Minas Gerais, Brasil. Dados provenientes de 157 prontuários das pessoas assistidas (usuários) pelas Equipes de Atenção Domiciliar em 2016, incluindo os que permaneciam atendidos em 2017. Analisada as características sociodemográficas, econômicas, de saúde, comportamentais e de acesso ao Serviço de Atenção Domiciliar e as variáveis sociodemográficas dos cuidadores dos usuários. Utilizou-se regressão de Poisson para determinar os fatores associados a não efetivação da alta do Serviço de Atenção Domiciliar para a Atenção Primária à Saúde, considerando p<0,05. Resultados: A frequência de alta não efetivada para a APS foi 22,29%. O aumento da idade e da frequência de visitas recebidas pelos usuários associaram-se a não efetivação da alta. Ter renda superior a $780,00 aumentou em 2,55 vezes a prevalência de não efetivação da alta do Serviço de Atenção Domiciliar para a Atenção Primária à Saúde em relação aos usuários de renda até $260,00. Ser proveniente da Unidade de Pronto Atendimento diminuiu a prevalência de não efetivação da alta quando controlada pelas demais variáveis presentes no modelo. Conclusão Os resultados apontaram à existência de usuários nos quais o Serviço de Atenção Domiciliar tem dificuldades de efetivação da alta para a Atenção Primária, estando a alta também vinculada ao tipo de acesso ao serviço; tendo o estudo revelado contribuições para a área.

Desafios Para O Internamento Domiciliar Do Idoso Na Perspectiva Da Família

“…Nesse sentido, o acesso ao SAD deve contemplar as capacitações oferecidas para o manejo diário e cuidados frente à instabilidade clínica do idoso no domicílio, com vistas a possibilitar ao cuidador e à família maior tranquilidade diante das adversidades. O contato com a equipe do SAD deve representar a garantia do acompanhamento e obtenção de orientações precisas, que reduzam a necessidade de recorrer a unidades de emergência devido à agudização clínica do paciente (19) .…”

Cif: Ferramenta De Avaliação E Regulação Clínico-Assistencial No Nasf-Ab

“…Ao se colocar como protagonista do cuidado, através de propostas terapêuticas que contribuam para tomada de decisão frente seu processo de recuperação, o usuário tem preservadas sua autonomia e independência por não se condicionar à assistência de um profissional de saúde. Isto pode ser potencializado pela construção de um processo terapêutico fruto da associação entre o conhecimento científico e o saber do usuário, o qual se torna mais participativo no seu cuidado 18 . Merecem destaque também os tipos de acompanhamento 3 e 4, que permitem a aproximação com os cuidadores, os quais muitas vezes são os próprios familiares.…”

Desafios para realização da alta na atenção domiciliar

“…A AD é uma modalidade de cuidado complementar aos outros pontos assistenciais da RAS, logo, deve manter um fluxo de comunicação com os demais níveis de atendimento, a fim de atender às necessidades dos usuários e promover a continuidade da assistência (1,4) . Para que isso seja possível, é necessária a adoção de um modelo organizacional.…”

“…Salienta-se que a alta dos indivíduos das modalidades AD2 e AD3 atendidas pelos serviços de AD, ocorrem, dentre outros critérios, após a estabilização da condição clínica e do preparo do cuidador/familiar para assumir a assistência (3) . Assim, os usuários são contrarreferenciados à APS, uma vez que pertencem ao território de abrangência e, dessa forma, continuam sob responsabilidade das equipes da Estratégia de Saúde da Família conforme a área adscrita (4)(5) .…”

“…Diversos estudos demonstram lacunas na articulação dos serviços de AD com os demais pontos da RAS (1)(2)4,(6)(7) . Tal situação pode ser justificada como um impacto causado pela inexistência de fluxos padronizados e regulamentados que direcionem à continuidade dos cuidados.…”