Fatores associados a mortalidade de pacientes traumatizados: um estudo caso-controle

Abstract

Introdução: As lesões traumáticas são atualmente a terceira causa de mortalidade no mundo, gerando impacto na morbimortalidade, principalmente na população economicamente ativa. Objetivo: Avaliar os fatores de risco para óbito no trauma em um hospital escola de nível terciário. Métodos: Realizou-se estudo caso-controle retrospectivo, por meio da análise de prontuários eletrônicos e fichas de avaliação inicial de pacientes atendidos em um hospital escola de nível terciário da cidade de São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, em 2015. Os 21 pacientes que morreram, compuseram os casos, enquanto 613, que sobreviveram ao evento traumático, o grupo controle. Esses grupos foram comparados, considerando variáveis gerais, dados sobre o evento traumático, atendimento pré-hospitalar, avaliação hospitalar inicial e desfecho da internação. Resultados: Os fatores de risco para mortalidade, por evento traumático identificados pelo estudo, foram: idade superior a 30 anos, traumas por agressão física, tempo de internação do paciente superior a 72 horas, perda de consciência no momento do evento traumático, presença no atendimento inicial do traumatizado de hipotensão arterial (pressão sistólica abaixo de 108,7 mmHg), escore da escala de coma de Glasgow inferior ou igual a 9 e revised trauma score (RTS) inferior a 5,7. Conclusão: Os fatores de risco que determinam maior probabilidade de óbito, após um traumatismo são causados por agressão física ao paciente com idade superior a 30 anos, com perda de consciência após o evento, hipotensão arterial, escore da Escala de Coma de Glasgow e RTS baixos no atendimento inicial, além de tempo de internação prolongado. Dessa forma, apesar de protocolos cada vez mais consolidados de atendimento ao politraumatizado, ainda há limitações em propiciar uma melhor sobrevida para os pacientes com pior prognóstico

Fatores associados à mortalidade de pessoas idosas em um serviço público de emergência clínica do Distrito Federal

“…Nessa perspectiva, uma pesquisa realizada no Rio grande do Sul, afirmou que grande parte dos entrevistados (n=48) procurou o serviço de emergência mais próximo da residência ou do local de trabalho (FREIRE et al, 2015). A mortalidade de pessoas idosas é resultante de diversos eventos internos e externos, podendo inclusive, ser decorrente do agravamento de doenças crônicas não transmissíveis, visto que muitos idosos apresentam prejuízo na capacidade física e na reserva funcional, o que os tornam mais vulneráveis a mortes quando estão hospitalizados (ROSSI et al, 2020).…”

Factors associated with mortality from external causes in an Intensive Care Unit

“…Alguns fatores clínicos também aumentaram a mortalidade hospitalar na UTI, entre eles a pontuação da ECG que prediz o ní-vel de consciência dos indivíduos e o uso de analgosedação avaliado por meio da escala de RASS. Os piores prognósticos e taxas de mortalidade são de pacientes críticos que apresentam TCE grave com escore entre 3 a 8 pontos, o que não ficou evidenciado neste estudo 23 .…”

Estudo das vítimas de acidentes de trânsito atendidas na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto no período de 2009 a 2020: caracterização clínico-epidemiológica dos pacientes e dos traumas, cuidados prestados e fatores associados ao óbito

“…O aumento possivelmente decorra do maior uso das bicicletas, o que vem acontecendo continuadamente pela busca de um estilo de vida mais saudável e sustentável, associada a uma nova forma de pensar relacionada à redução da emissão de CO2 na natureza, proporcionando uma diminuição do impacto no efeito estufa. No que se refere ao dia da semana, resultados similares ao deste estudo foram evidenciados em outras pesquisas, onde os eventos de trânsito tiveram predomínio maior aos finais de semana, em especial aos sábados e domingos [33,38]. Isso ocorre a despeito da maior circulação de veículos durante os dias úteis, em decorrência das atividades laborais e estudantis.…”

“…O tempo médio de internação observado no presente estudo foi 7,4 dias (Tabela 7), superior ao descrito por Andrade e Jorge [38,39] ao analisar as internações decorrentes de acidentes terrestre ocorridas no Brasil no ano de 2013 (6,3 dias). Vale mencionar que mais de 40,0% tiveram menos de 24h de duração, possivelmente traduzindo um percentual elevado de lesões de menor gravidade, que não demandaram permanências mais longas no Hospital.…”