“…Outras pesquisas deram uma indicação da prevalência do arrependimento. Costa et al (1990), pesquisando o uso de métodos anticoncepcionais entre as mulheres de baixa renda no Rio de Janeiro, relatam que 15% das mulheres esterilizadas gostariam de ter um outro filho. Uma investigação sobre saúde reprodutiva realizada em São Paulo, em 1992, encontrou 89% das mulheres esterilizadas satisfeitas e as restantes 11% arrependidas da esterilização (Berquó, 1993).…”
Section: Sileiras Embora Este Método Não Seja Oferecido Pelo Sistemaunclassified
A esterilização feminina é o método anticoncepcional mais usado pelas mulheres brasileiras, embora este método não seja oferecido pelo sistema de saúde. Ele não tem sido recomendado pelos Conselhos de Medicina como um procedimento ético devido à sua ambigüidade legal. Em um estudo realizado na região metropolitana de São Paulo entre março e julho de 1992 foram entrevistadas 3.149 mulheres sobre o uso de anticoncepcionais. Delas, 407 mulheres com menos de 40 anos e que haviam sido esterilizadas há pelo menos um ano foram questionadas sobre a adaptação após a cirurgia. Entrevistas em profundidade com 15 mulheres que estavam arrependidas foram analisadas para um melhor entendimento da natureza do arrependimento. Os resultados incluem: a adaptação após a esterilização, a oferta da cirurgia, o conhecimento dos métodos anticoncepcionais, o uso prévio de métodos entre as mulheres esterilizadas e os fatores associados ao arrependimento. Os dados qualitativos enfocam a falta de informação das mulheres esterilizadas. Os resultados mostram a necessidade de regulamentar este procedimento de forma a salvaguardar a saúde das mulheres, seus direitos reprodutivos e os princípios fundamentais da ética médica.
“…Outras pesquisas deram uma indicação da prevalência do arrependimento. Costa et al (1990), pesquisando o uso de métodos anticoncepcionais entre as mulheres de baixa renda no Rio de Janeiro, relatam que 15% das mulheres esterilizadas gostariam de ter um outro filho. Uma investigação sobre saúde reprodutiva realizada em São Paulo, em 1992, encontrou 89% das mulheres esterilizadas satisfeitas e as restantes 11% arrependidas da esterilização (Berquó, 1993).…”
Section: Sileiras Embora Este Método Não Seja Oferecido Pelo Sistemaunclassified
A esterilização feminina é o método anticoncepcional mais usado pelas mulheres brasileiras, embora este método não seja oferecido pelo sistema de saúde. Ele não tem sido recomendado pelos Conselhos de Medicina como um procedimento ético devido à sua ambigüidade legal. Em um estudo realizado na região metropolitana de São Paulo entre março e julho de 1992 foram entrevistadas 3.149 mulheres sobre o uso de anticoncepcionais. Delas, 407 mulheres com menos de 40 anos e que haviam sido esterilizadas há pelo menos um ano foram questionadas sobre a adaptação após a cirurgia. Entrevistas em profundidade com 15 mulheres que estavam arrependidas foram analisadas para um melhor entendimento da natureza do arrependimento. Os resultados incluem: a adaptação após a esterilização, a oferta da cirurgia, o conhecimento dos métodos anticoncepcionais, o uso prévio de métodos entre as mulheres esterilizadas e os fatores associados ao arrependimento. Os dados qualitativos enfocam a falta de informação das mulheres esterilizadas. Os resultados mostram a necessidade de regulamentar este procedimento de forma a salvaguardar a saúde das mulheres, seus direitos reprodutivos e os princípios fundamentais da ética médica.
“…While 73% of the women had request-sterilized women said they would like to have another child. 19 A reproductive health study conducted in São Paulo in 1992 found that 89% of sterilized women were satisfied with the procedure, but 11% regretted that they had had it. 20 This article combines quantitative and qualitative data from a São Paulo study conducted from February through July 1992 on the prevalence and nature of regret following sterilization and related factors.…”
Section: Resultsmentioning
confidence: 99%
“…Although about two-thirds of the sample (67%) realized that a reversal of the procedure is difficult, the remaining onethird were unsure (14%) or misinformed on this issue (19%). Summary scores indicate that 89% of respondents were poorly or moderately informed, with 32% scoring quite low (1-6 points), 57% scoring in the low-to-medium range (7-12), and 11% having a high level of knowledge (13)(14)(15)(16)(17)(18)(19)(20).…”
(MERRICK, 1983). Um estudo realizado em 1986, a nível nacional, revelou que 65% das mulheres em união, de 15 a 44 anos, usavam métodos contraceptivos (BENFAM, 1986). Em áreas urbanas, particularmente nas regiões mais ARTIGO
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