“…Sendo a família, regra geral, o ponto de apoio mais próximo e mais significativo do indivíduo, pensamos que a qualidade das relações familiares, ou a percepção sobre elas, será fundamental no processo de adaptação e recuperação. Em situações de grande adversidade, como, por exemplo, no caso de doenças crónicas graves, a coesão familiar, a expressão de afectos, a partilha de sentimentos e um baixo nível de conflitos, são condições essenciais para o processo de adaptação e recuperação do equilíbrio individual e familiar (Pereira & Lopes, 2005;Weihs & Politi, 2005). É, ainda, importante considerar que a doença crónica num membro pode provocar efeitos profundos no desenvolvimento de outro membro, e, ainda, que os diferentes membros não se adaptam de forma uniforme à doença (Rolland, 1989).…”