Abstract:RESUMO Este artigo busca compreender o fenômeno contemporâneo das fake news. Para tanto, parte de uma revisão de literatura acerca da noção, abordando: (1) suas definições; (2) os fatores que explicariam sua onipresença na discussão política contemporânea e as consequências desse processo; (3) os casos mais recorrentemente explorados pela literatura e seu desenvolvimento histórico; (4) os “antídotos” ou soluções propostas para lidar com o fenômeno. Na sequência, o artigo faz uma leitura da noção de fake news p… Show more
Neste artigo, pretendemos apresentar uma abordagem textual-discursiva das fake news, postulando que elas são práticas comunicativas estruturadas por meio de uma produção textual em larga escala, produção essa concebida no/ e incorporada tanto ao campo jornalístico quanto ao campo político. Ao mesmo tempo em que exploram as características textuais-discursivas da produção simbólica desses campos, as fake news contribuem para a sua deterioração, ao construírem a suspeição sobre a legitimidade das instituições em geral, dos agentes do Estado e, no caso do Brasil, também sobre os procedimentos eleitorais e sanitários. Ao mesmo tempo em que buscam a deterioração especialmente dos campos jornalístico e político, os atores sociais responsáveis por essa produção textual massiva também buscam estabelecer a inserção e a legitimação de novos atores e de outras trajetórias nesses campos, especialmente por meio da desintermediação, instaurando um ambiente de disputa de “vida ou morte” no espaço social, disputa esta que parece estar em seu ápice no Brasil. Nesse sentido, a produção textual massiva constitui-se como um importante instrumento tanto para manter esse ambiente de disputa quanto também para dar continuidade aos processos de inserção e de legitimação/ deslegitimação dos diversos atores nos/dos diversos campos sociais.
Neste artigo, pretendemos apresentar uma abordagem textual-discursiva das fake news, postulando que elas são práticas comunicativas estruturadas por meio de uma produção textual em larga escala, produção essa concebida no/ e incorporada tanto ao campo jornalístico quanto ao campo político. Ao mesmo tempo em que exploram as características textuais-discursivas da produção simbólica desses campos, as fake news contribuem para a sua deterioração, ao construírem a suspeição sobre a legitimidade das instituições em geral, dos agentes do Estado e, no caso do Brasil, também sobre os procedimentos eleitorais e sanitários. Ao mesmo tempo em que buscam a deterioração especialmente dos campos jornalístico e político, os atores sociais responsáveis por essa produção textual massiva também buscam estabelecer a inserção e a legitimação de novos atores e de outras trajetórias nesses campos, especialmente por meio da desintermediação, instaurando um ambiente de disputa de “vida ou morte” no espaço social, disputa esta que parece estar em seu ápice no Brasil. Nesse sentido, a produção textual massiva constitui-se como um importante instrumento tanto para manter esse ambiente de disputa quanto também para dar continuidade aos processos de inserção e de legitimação/ deslegitimação dos diversos atores nos/dos diversos campos sociais.
Este artigo busca discutir o campo educacional no Antropoceno, época na qual a presença humana, sobretudo nos últimos 2 séculos, vem provocando impactos catastróficos na vida do planeta. Para tal, problematiza a tradição ocidental moderna de pensamento, que coloca o humano (um tipo de humano) na centralidade do mundo e não considera que os demais seres possuem historicidade e, portanto, como seres agentes. Toma a floresta como um entre-lugar que permite elaborar outras e novas estratégias de subjetivação neste mundo em ruínas. Por fim, explora algumas possibilidades de composição entre o campo educacional, notadamente regido por uma visão eurocêntrica de mundo, e o pensamento ameríndio, como forma de conjecturar um outro mundo possível para humanos e extra-humanos.
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