Fácies sedimentares da Formação Rio Claro, neocenozóico da depressão periférica paulista

Abstract

Os dados das fácies sedimentares da Formação Rio Claro aqui apresentados resultam de pesquisa enfocando os depósitos neocenozóicos da porção centro-leste da Depressão Periférica Paulista, a qual objetivou a compreensão da evolução geológica da região. Os sedimentos neocenozóicos são delgados e descontínuos, sua interpretação e classificação requereram uma abordagem levando em conta, também, aspectos geomórficos (relações com níveis planálticos), além dos conceitos litoestratigráficos usuais. Foram identificados cinco níveis planálticos de extensão regional, sendo' que os dois mais elevados ocorrem somente nas províncias geomorfológicas do Planalto Atlântico e Cuestas Basálticas (limítrofes com a Depressão Periférica), e os três mais jovens e rebaixados ocorrem dentro dos limites da Depressão Periférica. A associação de depósitos rudáceos e couraças ferruginosas com estes níveis planálticos é sugestiva de que eles correspondam a pediplanos elaborados em fases de climas secos. A Formação Rio Claro foi reconhecida na área do platô de Rio Claro, onde é mais contínua, e na borda leste da Depressão Periférica, com ocorrências descontínuas; ocorre sobre os dois níveis planálticos principais que nivelam as colinas da região; é constituida por depósitos de sistema fluvial meandrante, formados sob clima úmido, agrupados em quatro litofácies principais: lamitos de processos gravitacionais; cascalhos e areias de canais e barras fluviais; areias finas de rompimento de diques marginais; e argilas de transbordamento em planície de inundação. Na área do platô de Rio Claro a sedimentação foi controlada pela reativação neocenozóica de falhas com movimentação vertical na estrutura de Pitanga, alto estrutural ativo durante o Mesozóico, situado a jusante do sítio deposicional. Nas ocorrências da borda leste da Depressão Periférica, a sedimentação está mais claramente associada com barramentos litológicos da drenagem (soleiras e diques de diabásio)

The “Lagoa do Camargo 1” Paleoindian site: some implications for tropical geomorphology, pedology, and paleoenvironments in southeastern Brazil

“…b Munsell Color Chart. c USDA Triangular Diagram (Schaetzl & Anderson, 2005 Melo, Coimbra, and Cuchierato (1997). Qz, quartz; Ln, lithomorphic typic nodule; Pn, pedomorphic typic nodule; Art, artifact ( 1 <2%, 2 <5%, 3 >50%); Ch, charcoal; fs, fine sandy; ms, medium sandy; cs, coarse sandy; vcs, very coarse sandy; r-ss, rounded/subspheric; wr-s, well-rounded/spheric; YR, yellowish-red (5YR 5/6); un, undifferentiated; msp, mosaicspeckled; in, intergraded of the close fine enaulic-gefuric-close porphyric and chitonic; cxp, complex packing by vughs-intergrain-microaggregatte association; cpp, compound packing by channels chambers association; cl, channel; cb, chamber; li, loose continuous and discontinuous infilling associated with channels and chambers ( 1 <2%, 2 <5%, r, roots with high 3 and low 4 degree of decomposition).…”

Taxonomia da tafoflora neógena da Formação Rio Claro, Jaguariúna, Estado de São Paulo, Brasil

“…Por mapeamentos regionais, Cavalcante et al (1979) e Melo et al (1997) consideraram os argilitos que contêm a tafofl ora de Jaguariúna, como depositados em planície de inundação de sistema fl uvial meandrante, pertencentes à Formação Rio Claro. A disposição caótica desse material rico em formas foliares (com mais de 80% de micrófi las e nanófi las) superpostas entre si, nos níveis fossilíferos do afl oramento estudado, evidencia ambiente de deposição calmo, sem correnteza e com menor aporte de sedimentos, concordante com a interpretação ambiental relacionada à área de planície de inundação, aventada pelos autores mencionados.…”

“…Estratigrafi camente, os argilitos laminados que contêm essa tafofl ora, pertencem à fácies de planícies de inundação (Trcm) da Formação Rio Claro (Melo et al, 1997). Esta tafofl ora, preservada na forma de impressões, documenta uma paleoflora diversificada composta de elementos monilofíticos, magnoliídeos, monocotiledôneos e eudicotiledôneos, distribuídos em 20 formas taxonômicas distintas, algumas de identifi cação e afi nidade mais precisas com gêneros atuais e outras como morfogêneros incertae sedis, apenas atribuídos a táxons de categoria superior.…”

Gênese Dos Depósitos Neocenozóicos Do Reverso Da Serra De São Pedro E Evolução Da Superfície Das Cristas Médias – Sudeste Do Brasil

“…O possível último grande evento deposicional da Bacia do Paraná no Estado de São Paulo, anterior à gênese da Depressão Periférica Paulista, seria a Formação Itaqueri (PINHEIRO & QUEIROZ NETO, 2014), cuja idade ainda está longe de qualquer consenso: Neo-Cretáceo: Almeida & Barbosa, 1953;Barcelos et al, 1983;Fulfaro et al, 1983;Paleoceno: Riccomini, 1995e 1997Fulfaro & Perinotto, 1996;Eoceno: Riccomini, 1995. Apesar disso, foram registrados inúmeros outros eventos posteriores de deposição mais restrita associada a eventos tectônicos, como a Formação Rio Claro (PEN-TEADO, 1976;MELO, 1995;MELO et al 1997), e às variações paleoambientais.…”