Extrato etanólico das folhas de Raphanus sativus L. var. oleifera Metzg (nabo forrageiro): efeitos anti-hiperglicêmico, antidislipidêmico e antioxidante em ratos com Diabetes Mellitus tipo 1

Abstract

Diabetes Mellitus (DM) ainda representa um sério problema de saúde pública, carente de novas alternativas terapêuticas. Plantas estão entre as possíveis fontes de novos compostos com ação anti-hiperglicêmica ou servindo como fitoterápicos. Neste estudo, avaliou-se o efeito anti-hiperglicêmico do extrato etanólico das folhas de Raphanus sativus (nabo forrageiro) administrado por gavagem (dose oral de 300 mg/kg/dia) em ratos Wistar com DM tipo 1 induzido por aloxana, durante 90 dias. A efetividade deste tratamento em prevenir danos oxidativos hepáticos (avaliação de oxidação proteica), e ação sobre outros biomarcadores das funções hepática, renal e do perfil lipídico também foram avaliados. Após três meses de tratamento, os ratos diabéticos tratados com R. sativus tiveram uma marcante diminuição na glicemia de jejum, comparados aos ratos diabéticos não tratados (p < 0,05). Além disso, este tratamento preveniu tanto a oxidação proteica no fígado como o aumento dos níveis de triglicérides sérico (p < 0,05). Portanto, demonstrou-se um marcante efeito anti-hiperglicêmico de R. sativus (a uma baixa dose) e as extensivas ações em prevenir típicas complicações do DM, tais como os danos oxidativos e dislipidemia, demonstrando que esta planta apresenta um potencial terapêutico.

Efeitos do extrato hidroalcoólico das folhas e da farinha dos frutos de Guabiju (Myrcianthes pungens) sobre parâmetros laboratoriais de ratos diabéticos

“…As folhas de Myrcianthes pungens foram obtidas da empresa Quinta das Laranjeiras Alimentos Inteligentes LTDA, arranjadas em camadas e submetidas à secagem em estufa com circulação de ar a 45 ºC até a completa secagem (quando o peso constante de 10 g foi alcançado) e pulverizadas em moinho de facas. O extrato hidroetanólico foi obtido através do método de maceração, de acordo com Silva et al (2019). Após o intumescimento de 500 g do pó das folhas com o líquido extrator (álcool: água 7:3 v/v) durante 30 minutos, fora do percolado, mais extrator (álcool 70%) foi empacotado com a mistura.…”

“…Em ambos os sets de experimentos foi utilizado a droga diabetogênica Aloxano na dose de 130 mg/Kg de peso corporal, dissolvido em salina 0,9% (pH 4,5), por via intraperitoneal para induzir o DM tipo 1, conforme metodologia previamente preconizadas (Brito et al, 2019;Silva et al, 2019). Os animais que apresentaram glicemia, medida por punção capilar da cauda, acima de 200 mg/dL, foram considerados diabéticos.…”

“…Após esse período, o sangue coletado foi centrifugado a 1500 rpm durante 10 minutos. O soro obtido foi utilizado para quantificação da glicose de jejum, triglicérides, colesterol total e enzimas marcadoras de função hepática (AST) e renal (creatinina), através de análises laboratoriais padronizadas, como relatado em prévios estudos (Silva et al, 2016;Brito et al, 2019;Silva et al, 2019).…”

“…A hiperglicemia crônica no DM não controlado é responsável por complicações microvasculares e macrovasculares no organismo, gerando retinopatia, nefropatia, neuropatia, doença coronariana, doença cerebrovascular e doença arterial periférica (Silva et al, 2016;Brito et al, 2019;Silva et al, 2019). Uma vez que a glicemia alterada é considerada uma variável contínua de risco, o tratamento comportamental e medicamentoso visando se estabelecer uma normoglicemia consiste em principais meios de reduzir as complicações à longo prazo no DM (SBD, 2018).…”

Etnobotânica das plantas medicinais no município de Parari, Paraíba, Brasil

“…Os grupos tradicionais que habitam a região Nordeste, principalmente os da zona rural, da região Semiárida da Caatinga, como quilombos, população indígena e camponeses, ou seja, pequenos produtores que vivem de agricultura familiar, detêm um conhecimento empírico, o qual é repassado entre gerações, mantendo um vínculo com a flora medicinal inserida no bioma Caatinga. Essa forma de usar as plantas como medicamento é algo característico, principalmente das comunidades de baixa renda (TEIXEIRA; MELO, 2006;NETO, 2014;SANTOS et al, 2016;SILVA et al, 2019).…”