O estudante com deficiência física sem fala articulada pode apresentar dificuldade para desenvolver e ampliar o repertório de habilidades sociais, prejudicando suas relações interpessoais e qualidade de vida. Contudo, a intervenção em habilidades sociais atua como fator de proteção e importante ferramenta para a promoção de saúde mental. O estudo tem como objetivo avaliar o repertório de habilidades sociais de estudantes com paralisia cerebral e sem fala articulada antes e após a realização de um programa de promoção de habilidades sociais. Sete participantes com idade entre 15 e 30 anos participaram da intervenção desenvolvida em 22 encontros semanais. Os instrumentos processuais e de avaliação pré- e pós-intervenção foram: (a) inventário de habilidades sociais para alunos sem fala articulada, (b) questionário com os familiares, (c) entrevista com as professoras, (d) tarefas de casa, (e) diários de campo, e (f) relatos dos familiares. Os resultados revelaram aumento no repertório de habilidades sociais nas classes: autocontrole e expressividade emocional, civilidade, empatia, assertividade, fazer e manter amizades, solução de problemas interpessoais e habilidades sociais acadêmicas. Concluiu-se que o programa de promoção das habilidades sociais demonstrou benefícios e afetou positivamente a generalização dos efeitos da intervenção para outros contextos, assim como no uso da comunicação alternativa, para ampliar as habilidades sociais.