Abstract:Este artigo utiliza-se do jazz como um veículo metafórico para redescrever o conceito de estrutura organizacional de forma adequada ao vocabulário emergente dos estudos organizacionais. É apresentada uma descrição de alguns elementos básicos da performance do jazz -solo, acompanhamento, trading fours, pergunta e resposta, groove e sensibilidade -, sustentando a redescrição da estrutura organizacional como sendo ambígua, emocional e temporal. De maneira reflexiva, o artigo não somente demonstra os conceitos aos… Show more
“…Se, no início, a improvisação era vista como um fenômeno indesejável nas organizações (CUNHA; CUNHA, 2000), com o passar do tempo, ela se torna uma solução almejada para sobreviver em contextos complexos e turbulentos. Além disso, torna-se uma forma de melhorar o desempenho, por ter influência direta nas questões de aprendizagem (FLACH, 2010), criatividade (CUNHA, 2002;, estrutura e modelagem (HATCH, 2002;CAVALCANTI, 2007).…”
Section: Improvisação E Culturaunclassified
“…Desse modo, o layout ia se (re)configurando, sempre com uma nova perspectiva, tal qual os trading fours -troca de funções entre os solistas e os acompanhantes, ensejando um revezamento de solos que se sucedem rapidamente, e criando, de maneira intensa, uma atmosfera de ideias (HATCH, 2002), num constante fazer, desfazer, refazer, com cada tentativa gerando um resultado mais surpreendente do que o outro.…”
Section: Segunda Prática: Organização Física Do Ambiente De Trabalhounclassified
Como a incerteza e a criatividade são inerentes à vida social, a capacidade de improvisar é fundamental para o êxito organizacional. Apesar de ter sido bem estudada no campo dos Estudos Organizacionais, a improvisação ainda é pouco conhecida do ponto de vista cultural. Por isso, esta pesquisa examina a dimensão cultural que fundamenta a consecução da improvisação como competência culturalmente relevante para a prática gerencial. Contrapondo a metáfora do jazz no contexto anglo-saxônico ao “jeitinho” no contexto brasileiro, busca-se estabelecer um diálogo entre os estudos da improvisação e os estudos da cultura organizacional brasileira. Com foco em cinco práticas de gestão em uma organização pública, a abordagem autoetnográfica sustentou o processo empírico de pesquisa, oferecendo um acesso privilegiado à complexidade e sutileza dos fenômenos subjetivos que envolvem a cultura e a improvisação.
“…Se, no início, a improvisação era vista como um fenômeno indesejável nas organizações (CUNHA; CUNHA, 2000), com o passar do tempo, ela se torna uma solução almejada para sobreviver em contextos complexos e turbulentos. Além disso, torna-se uma forma de melhorar o desempenho, por ter influência direta nas questões de aprendizagem (FLACH, 2010), criatividade (CUNHA, 2002;, estrutura e modelagem (HATCH, 2002;CAVALCANTI, 2007).…”
Section: Improvisação E Culturaunclassified
“…Desse modo, o layout ia se (re)configurando, sempre com uma nova perspectiva, tal qual os trading fours -troca de funções entre os solistas e os acompanhantes, ensejando um revezamento de solos que se sucedem rapidamente, e criando, de maneira intensa, uma atmosfera de ideias (HATCH, 2002), num constante fazer, desfazer, refazer, com cada tentativa gerando um resultado mais surpreendente do que o outro.…”
Section: Segunda Prática: Organização Física Do Ambiente De Trabalhounclassified
Como a incerteza e a criatividade são inerentes à vida social, a capacidade de improvisar é fundamental para o êxito organizacional. Apesar de ter sido bem estudada no campo dos Estudos Organizacionais, a improvisação ainda é pouco conhecida do ponto de vista cultural. Por isso, esta pesquisa examina a dimensão cultural que fundamenta a consecução da improvisação como competência culturalmente relevante para a prática gerencial. Contrapondo a metáfora do jazz no contexto anglo-saxônico ao “jeitinho” no contexto brasileiro, busca-se estabelecer um diálogo entre os estudos da improvisação e os estudos da cultura organizacional brasileira. Com foco em cinco práticas de gestão em uma organização pública, a abordagem autoetnográfica sustentou o processo empírico de pesquisa, oferecendo um acesso privilegiado à complexidade e sutileza dos fenômenos subjetivos que envolvem a cultura e a improvisação.
“…Com essas possibilidades em mente e tendo como foco a problemática da aprendizagem organizacional, Medeiros et al (2008) [...] analisar o contexto atual a partir de três cenas: uma instável que retrata a ruptura artística dos anos 1920 com a proposta de autonomia do movimento surrealista; uma estável com a fixação do fenômeno organizacional em paradigmas burocráticos de análise e a sua travestida evolução expressa pelo domesticado movimento do Critical Management Studies (CMS) e, finalmente, analisar as possibilidades de ruptura a partir de uma nova cena onde estabilidade e instabilidade fazem parte de uma mesma realidade, e deslocam o centro dos debates para o nosso próprio contexto a fim de atingir a autonomia necessária para o desenvolvimento de uma teorização organizacional brasileira com a mesma ousadia e criatividade dos precursores da aventura surrealista (ROSA, 2006, p. 1) Já em relação à utilização de músicas e da atuação de grupos musicais, cabe observar que diversos autores têm usado a música como um ótimo elemento para estabelecer relações com a Gestão, como é o caso de Hatch (2002) Também a dramaturgia, por sua vez, tem muito a contribuir, e tem contribuído, tanto para o aprimoramento dos estudos organizacionais quanto para tornar mais rico, proveitoso e vibrante o processo de ensino/aprendizagem. Ao discutir o uso da dramaturgia no campo da gestão, Ruas (2005) constata, inicialmente, que os meios convencionais de ensino e aprendizagem utilizados para a capacitação gerencial não têm apresentado os resultados esperados, sobretudo quando se propõem a desenvolver as competências que denomina como voláteis: percepção, improvisação, intuição, empatia e criatividade, entre outras.…”
Section: O Mundo Das Artes E Das Representações Imagéticas Da Palavraunclassified
Resumo m que pesem as diferenças que os singularizam, os domínios da Literatura e da Gestão apresentam áreas em comum, possibilitando que a partir de uma, no caso a Literatura, se estude e amplie o conhecimento sobre a outra, a Administração. O presente artigo tem como objetivos realçar algumas das contribuições do mundo das artes para os estudos organizacionais e relatar e compartilhar com a comunidade acadêmica a experiência vivida, bem como tecer considerações críticas sobre o Projeto Literatura & Gestão. O Projeto pretende, através da leitura e análise de textos selecionados, não ser tão somente mais uma fonte de aquisição de conhecimentos, mas também desenvolver e aprimorar competências necessárias às futuras atividades profissionais do acadêmico de Administração. Embora o foco tenha sido o processo de ensino e aprendizagem voltado para acadê-micos das áreas de Administração, não há prejuízo, no que é essencial, para sua extensão ao ambiente corporativo, no qual pode ser desenvolvido na forma de seminários e encenações, havendo aí um amplo campo a ser ainda explorado.Palavras-chave: Gestão. Literatura. Práticas de ensino. Interdisciplinaridade.Constructing Bridges between Areas of Knowledge: from literature to management Abstract espite some differences, the domains of Literature and Management have overlapping areas, which enables the use of one of them (in this case, Literature) to study and widen the knowledge on the other (Business). The present article aims to show some of the contributions from the arts to organizational studies and reporting and sharing the experience of the Literature & Management Project with the academic community, as well as offering critical comments on it. The Project, through the reading and analysis of selected texts, is not only intended to be another source of knowledge acquisition, but also to develop and enhance competencies required for future professional activities of the Business School students. Although the focus has been the teaching and learning process for university students, it can be expanded to the corporate environment, where it can be developed as seminars and role-playing activities. This represents a wide field that has not yet been fully explored.
“…Hatch (2002) sugere que a estrutura organizacional deveria ser redescrita em termos de execução e performance, ou seja, a estrutura considerada não como um estado ou resultado, mas como um conjunto de práticas ou processos de execução. Para esta autora, as estruturas organizacionais são definidas em termos de tensões entre a centralização e a descentralização, e a ambiguidade ajuda a formar e manter estas tensões, permitindo múltiplas interpretações, ao mesmo tempo em que promovem o senso de unidade.…”
Section: Congruência (E Incongruência) Entre Valores Percebidos E Nívunclassified
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