Descreve-se a Psicologia da Religião como ciência ocidental moderna, de natureza teórica e empírica, que utiliza os procedimentos habituais das ciências e tem como objeto o que há de psíquico no comportamento religioso, isto é, no comportamento intencionado para o sobrenatural, substantivamente entendido, que é aceito ou rejeitado, mas cuja realidade não se afirma nem nega. Discute-se a distinção entre o religioso e o sagrado, o espiritual e o anômalo. Recorda-se brevemente a história da PR, desde sua origem até os dias de hoje, no exterior e no Brasil. Apresenta-se uma amostra de pesquisas realizadas em nosso meio: cognição e filiação religiosa; representação social da religião de acadêmicos; religião e enfrentamento; identidade religiosa de brasileiros filiados a religiões orientais; conflitos entre ciência e religião na Academia; experiência religiosa e experiência estética. Discute-se, finalmente, a conveniência de se estudar a religião concreta, aconselha-se a utilização do método qualiquant, com embasamento filosófico, apontam-se temas de estudo no Brasil, com atenção ao sincretismo e ao(s) ateísmo(s), e discute-se o futuro da Psicologia da Religião.