Evolution and Analysis of Cultural and Cognitive Factors Related With Domestic Violence Against Women

Abstract

Despite the occurrence of encouraging political and social changes in the past few years, many beliefs about women's role in intimate relationships persist, influencing their response to domestic violence (DV). This study aims to analyze the influence of recent policies against DV in Portugal, concerning particularly intimate partner violence against women and their perceptions about the victimization process. Two samples of women (n = 126 each) reporting an aggressive act allegedly perpetrated by the current or former male partner were interviewed with a hiatus of 5 years (before and after some most relevant policy updates). Results suggest a positive influence of the recent policies against DV. Many significant and encouraging changes were found in the more recent women sample (S2) relatively to the first sample (S1) regarding their information, awareness, perceptions, and attitudes toward DV. They seem to show less tolerance and endurance to DV, placing responsibility on the offender, as well as seem more empowered to report. In S2, there was a decrease in the acceptance of violent behaviors as normal and of reasons to explain violence; the fears, shame, and helplessness about DV; the elapsed time between the beginning of the abuse and its report; and the prevalence of more severe types of physical abuse. In S2, there was an increase on the acknowledgment of DV as a crime, the number of reports in cases without cohabitation, the report of psychological abuses, and the feeling of safety and assurance while reporting.

Public Attitudes towards Intimate Partner Violence against Women and Influential Factors in China and Spain

“…Spanish participants tended to hold more conservative and traditional attitudes, such as "IPVAW is a private issue rather than crime". This finding implies that in spite of the occurrence of encouraging political and social changes in countries like Spain, violent behaviors in domestic contexts would remain culturally legitimized, which results from persisting beliefs about women's role in relationships (Albertín et al, 2018;Allen & Devitt, 2012;Alves et al, 2019;García-Moreno et al, 2006;Kimuna et al, 2012;Yamawaki et al, 2012). The cultural and cognitive legacy of women's submission to male figures and gender inequality throughout history often become social values and traditions that frequently lead to the justification or tolerance of male violence (Bosch-Fiol & Ferrer-Pérez, 2012;Esqueda & Harrison, 2005;Jankowski et al, 2011;Knickmeyer et al, 2010;Korpi et al, 2013;Peter & Drobnič, 2013;Valor-Segura et al, 2011;Worden & Carlson, 2005).…”

Da “intimidação intencional” aos “ciúmes excessivos”: uma análise linguística forense das Fichas de Avaliação de Risco

“…Deste modo, as tão ambicionadas valorização, defesa e salvaguarda dos direitos da vítima cam condicionadas à versão dos eventos de nitiva, que é da responsabilidade da polícia. Ainda que de forma subtil, a culpabilização da mulher pelas agressões sobre ela investidas é uma realidade atual, mesmo não passando de um mero preconceito (Alves et al, 2016;Artinopoulou et al, 2018;Balestro e Gomes, 2015;Gebrim e Borges, 2014). Assim, a análise linguística dos interrogatórios é essencial para assegurar a utilização de uma linguagem clara e objetiva, e simultaneamente menos preconceituosa e tendenciosa, no sentido de evitar in uenciar e induzir a resposta da vítima.…”

“…A dominação do masculino, além de implicar a discriminação feminina (pondo em causa o seu papel na sociedade), privilegia a legitimação da violência contra a mulher. Não obstante, o "direito" que outrora permitia aos homens baterem nas (suas) mulheres não é mais válido; ao agredir a companheira, o homem evidencia a sua descrença na incapacidade de a mulher corresponder ao modelo de representação de "boa esposa" e, como se não fosse su ciente, responsabiliza-a pelas agressões (Alves et al, 2016), numa declaração reforçada da sua desvalorização e da primazia dos "fortes" sobre "as fracas".…”

“…Assim, apesar dos mecanismos legais de proteção à vítima existentes atualmente, muitas mulheres ocultam a sua situação por vergonha, medo ou naturalização das agressões, e, em vez de recorrerem à salvaguarda dos seus direitos, resignam-se a situações de violência (Alves et al, 2016), promovendo um silenciamento que impede que recebam a proteção que o Estado disponibiliza: a garantia da segurança da vítima e, se necessário, da sua família; acompanhamento, nomeadamente psicológico, através de diversos serviços e organizações; apoios sociais, como a justi cação de faltas, apoio ao arrendamento, ao tratamento clínico no Serviço Nacional de Saúde e a isenção de taxas moderadoras; e pedido de adiantamento, ao Estado, da indemnização que é devida pelo/a agressor/a, em situação de grave carência económica. A vigilância policial ao local de residência ou de trabalho da vítima e o contacto entre o agente policial e a vítima são aumentados em caso de elevado nível de risco, sendo ainda reforçado o distanciamento que o agressor deve manter face à vítima (República Portuguesa, 2011).…”

Correlation between early maladaptive schemas and violence against women among a representative sample from a Lebanese population: Results of a cross-sectional study

“…It has been present throughout history in various cultures. However, the knowledge of this phenomenon has evolved in the last decades, now considered to be detrimental to the victims and families' health and wellbeing 2 . The United Nations described VAW as "any act of gender-based violence that results in physical, sexual or mental damage or pain to women, including risks of such acts, manipulation or deprivation of liberty, whether in public or private" 3 .…”