Abstract:-91 -
RESUMODentro do paradigma funcionalista, caracterizado pelo objetivismo filosófico e pela sociologia da manutenção do status quo, a teoria institucional e da ecologia das organizações são amplamente estudadas para explicar por que as organizações podem ser, paradoxalmente, tão diferentes e tão semelhantes. A teoria da ecologia das organizações defende que existe grande diferença entre as organizações e, com o passar do tempo, aquelas mais adaptadas são selecionadas pelo ambiente. Isso faz com que as empr… Show more
“…Embora nos primeiros anos de existência algumas organizações se caracterizem pela diversificação e a especialização (SANTOS, 2013), com o passar do tempo, a dependência ambiental da estrutura organizacional demonstra a valorização de decisões e ações que são moldadas por um padrão tido como aceitável, correto, segundo a política existente no campo e a cultura predominante, gerando o efeito da adequação às práticas institucionalizadas (LIMA, 2012). Uma organização é dita legítima, então, na medida em que seus meios e seus fins estão em conformidade com normas, valores e expectativas sociais (ASHFORT; GIBBS, 1990).…”
Section: A Teoria Institucional E O Isomorfismounclassified
O objetivo desta pesquisa consiste em examinar a existência de práticas de disclosure social nas empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), sob o enfoque do isomorfismo, ou seja, comparar se a divulgação ou não de determinada prática social, pelas maiores empresas que compuseram o ISE, são também divulgadas pelas demais empresas. Para mensurar o disclosure social, adotouse a métrica proposta por Vieira (2006), composta por 16 itens de divulgação referentes às informações sociais, a serem evidenciados nos Relatórios Anuais das empresas. O grupo das "maiores empresas" foi formado pelo Banco Brasil SA (1º Lugar) e Banco Bradesco SA (2º Lugar). A amostra se constitui nas 37 sociedades de capital aberto listadas no ISE na versão 2010/2011. Os resultados forneceram subsídios para admitir a hipótese de que as maiores empresas serão seguidas pelas demais empresas quanto à divulgação de informações sociais.
“…Embora nos primeiros anos de existência algumas organizações se caracterizem pela diversificação e a especialização (SANTOS, 2013), com o passar do tempo, a dependência ambiental da estrutura organizacional demonstra a valorização de decisões e ações que são moldadas por um padrão tido como aceitável, correto, segundo a política existente no campo e a cultura predominante, gerando o efeito da adequação às práticas institucionalizadas (LIMA, 2012). Uma organização é dita legítima, então, na medida em que seus meios e seus fins estão em conformidade com normas, valores e expectativas sociais (ASHFORT; GIBBS, 1990).…”
Section: A Teoria Institucional E O Isomorfismounclassified
O objetivo desta pesquisa consiste em examinar a existência de práticas de disclosure social nas empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), sob o enfoque do isomorfismo, ou seja, comparar se a divulgação ou não de determinada prática social, pelas maiores empresas que compuseram o ISE, são também divulgadas pelas demais empresas. Para mensurar o disclosure social, adotouse a métrica proposta por Vieira (2006), composta por 16 itens de divulgação referentes às informações sociais, a serem evidenciados nos Relatórios Anuais das empresas. O grupo das "maiores empresas" foi formado pelo Banco Brasil SA (1º Lugar) e Banco Bradesco SA (2º Lugar). A amostra se constitui nas 37 sociedades de capital aberto listadas no ISE na versão 2010/2011. Os resultados forneceram subsídios para admitir a hipótese de que as maiores empresas serão seguidas pelas demais empresas quanto à divulgação de informações sociais.
“…Acerca dessa complementaridade entre teorias, em especial do uso da ecologia organizacional com outras perspectivas teóricas, Santos (2013), em seu estudo intitulado "Evolução das organizações por meio das abordagens institucional, ecologia das organizações e equilíbrio pontuado", enfatiza que a junção da ecologia organizacional com outras teorias pode auxiliar na análise das organizações como sistemas abertos, possibilitando, portanto, uma visão mais ampla acerca de um fenômeno no contexto das empresas e uma maior compreensão de como as empresas atuam no mercado. Segundo a autora, uma teoria não anula a outra, de modo que cada teoria dentro de suas concepções auxilia a explicação de algum aspecto de um dado fenômeno.…”
Embora pouco difundida no Brasil, a teoria da ecologia organizacional apresenta importantes considerações acerca da forma como as organizações se comportam perante as mudanças provocadas no ambiente em que estão inseridas, permitindo analisar não só a atuação conjunta das organizações como também o modo como elas respondem às transformações. A teoria de redes, por sua vez, baseia-se nas relações existentes entre grupos de organizações ou indivíduos, como uma maneira de gerar força competitiva por meio das interações que neles ocorrem. Ambas as perspectivas teóricas permitem estudar o caráter competitivo e evolutivo conferido às organizações que escolhem formar parcerias, como os Arranjos Produtivos Locais (APLs), haja vista terem como objeto de estudo a ação grupal no lugar da análise individual. Por conseguinte, o presente estudo objetivou confrontar as duas teorias, ecologia organizacional e de redes, sob o contexto dos APLs, expondo a complementaridade entre elas existente.Palavras-chave: teoria da ecologia organizacional; teoria de redes; APLs.Although not very diffused in Brazil, the organizational ecology theory presents important considerations about the way organizations behave in face of changes caused in the environment to which they belong, allowing to analyze not only the joint efforts of organizations, but also the way they respond to the transformations. The network theory, in turn, is based on the existing relationships among groups of organizations and individuals, as a way to generate competitive power through competitive interactions that occur in these groups. Both theoretical perspectives allow the study of the competitive and evolutive nature given to organizations that choose to form partnerships, such as the Local Productive Arrangements (LPAs), considering the fact that they have as object of study the group action instead of the individual analysis. Therefore, the present study aimed to compare both theories, organizational ecology and network, in the context of LPAs, exposing the complementarity between them.
“…Sem deixar de reconhecer que o estudo da mudança organizacional envolve aspectos estruturais, como a dinâmica do campo institucional em que uma organização atua (GRE-ENWOOD;HININGS, 1996;SANTOS, 2013;TUSHMAN;ROMANELLI, 1985), este trabalho atenta para os aspectos psicossociais da mudança organizacional (BARRETT; THOMAS; HOCEVAR, 1995;HERACLEOUS;BARRET, 2001;HERACLEOUS, 2002;ORLIKOWSKI, 1996;CHIA, 2002) e, mais especificamente, para o discurso organizacional.…”
Este artigo apresenta um caso de ensino voltado à discussão da mudança organizacional, sob a ótica do paradigma interpretativista e dos estudos dos discursos organizacionais. Descreve-se o processo de mudança pelo qual está passando uma organização não governamental, em que pessoas com e sem deficiências de aprendizado, estes últimos denominados assistentes, vivem em comunidade. A introdução de diretrizes governamentais alterou o sistema de financiamento de tal atividade, dando maior autonomia para as pessoas com deficiências de aprendizado e deixando de prover atividades que eram centrais no sistema de significados da organização. Com o "coração" da Comunidade ameaçado, os assistentes expressam os desafios para vivenciar a mudança organizacional, reportando estarem dançando sobre o sangue. Este estudo visa, assim, contribuir para a discussão de processos de mudança organizacional em cursos de pós-graduação e, eventualmente, de graduação, mediante uma perspectiva ainda pouco empregada, que revela a mudança como um processo não somente deliberado, mas também construído nas interações dos participantes. Além disso, serve para apoiar a discussão entre agentes e recipientes de mudanças nas organizações.Palavras-chave: Mudança organizacional; paradigma interpretativista; discursos organizacionais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.